Nova York, Cidade Apocalíptica

Em uma análise superficial, Nova York parece uma cidade simpática. A cidade que nunca para, tal qual Frank Sinatra cantava em 1979. Imaginamos aquela trilha sonora nostálgica, na qual o velho senhor de olhos azuis cantava sobre a vida enfadonha no interior e os desejos de pegar a mulherada em Nova York. Algo bem pervertido para um senhor com mais de 60 anos.

Pois bem, a Meca do mundo cosmopolita, terra em que iPods e iPads são itens de necessidade básica para a sobrevivência, lugar que vive na vanguarda cultural, tecnológica e social. Tudo conspira para que a maçãzona pareça um lugar perfeito. Mas, há um problema. Não há lugar mais provável de se morrer do que Nova York.

Nos últimos anos, a maior cidade norte-americana já contabilizou dezenas de atentados terroristas, invasões alienígenas, ataques de seres sobrenaturais, mudanças climáticas severas, acidentes naturais, apocalipses pontuais. Além dos inúmeros psicopatas que convivem lado a lado com freiras cantoras, agentes secretos e o Woody Allen. Psicopatas prontos para destruir Manhattan.

É claro que no final, os Vingadores, o FBI, a CIA, o MIB, o Woody Allen ou o presidente dos Estados Unidos vai salvar o dia. Todos poderão se abraçar emocionados, jogar seus chapéus para cima e comemorar que o mal foi derrotado, que o mal foi incapaz de vencer esta grande nação, exemplo para o mundo. Mas, e até que isso aconteça? Quantas mortes não irão ocorrer? Quanto rastro de destruição.

Imagino que o prefeitura de Nova York tenha dentro do seu orçamento anual, um valor discriminado para gastar com a reparação de catástrofes. Porque, sim, é preciso derrubar os seres alienígenas, mas, para isso, o Hulk precisou quebrar umas 48 janelas, umas 9 pilastras.
Não há lugar seguro para se estacionar em Nova York.

E a vida do ser humano normal? Além do risco de ser pisoteado pelo Godzilla, há o risco de que o seu carro seja esmagado pelo lagarto gigante. Imagina quanto não custa o seguro automotivo em Manhattan? Deve ser uma fortuna. As versões mais baratas não devem cobrir acidentes com meteoritos ou danos necessários para que o mundo seja salvo. Um risco grande demais. O seguro para imóveis também deve custar os olhos azuis do Frank Sinatra.

Sem contar que, você está lá, jogando paciência spider no computador esperando dar 18h, quando seres extraterrestres aparecem na janela. Eles destroem a janela e passam correndo pelo seu corredor, destruindo seu computador (você estava quase quebrando o seu recorde), derrubando seus relatórios, derramando café no seu iPhone. E o chefe? Ele vai aceitar a desculpa? De que você não terminou o projeto porque o Homem de Ferro eletrocutou o seu computador acidentalmente? Heim?

Melhor ir para as Bahamas, mesmo.

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