Ontem eu estava no parque Mãe Bonifácia. Ao descer do meu carro, fui abordado por um homem que me ofereceu um livro. Aceitei o livro sem imaginar o que era. Vi que várias pessoas estavam ganhando esse livro. Olhei então o título do livro “tempo de esperança – 24 horas para você renovar suas energias”. Imaginei que se tratasse de algum livro de auto-ajuda de cunho religioso.
Não abri o livro, porque afinal, eu estava andando. E ler e andar ao mesmo tempo é um convite para o tropeço. Logo sentei e dei uma folheada no livro. Era da Igreja Adventista do Sétimo Dia. O livro era uma adoração ao sábado, já que essa igreja adora o sábado. Não li o livro, é claro, mas olhei algumas frases em destaque.
Morri de rir. Eis algumas das frases mais engraçadas do livro:
“Ao longo dos séculos, a falsa adoração com freqüência foi fundamentada no culto ao Sol”.
“O primeiro dia completo que Adão e Eva passaram juntos foi um sábado”.
“O sábado nos convida a entrar no descanso celestial de Deus e desfrutar um gostinho do Céu hoje mesmo”.
Você provavelmente pode não ter achado a menor graça nisso. Mas eu achei bastante. Provavelmente o Mark Finley, autor do livro, e que está envolvido no ministério cristão há mais de 40 anos, não tinha a menor intenção de escrever um livro tão engraçado assim. Mas pense, observe o enorme humor presente na frase sobre Adão e Eva. E como não é engraçado escrever um livro para defender o ócio total ao sábado?
É um humor involuntário. E para mim, o humor involuntário é o mais engraçado. Pessoas que são engraçadas, mas não sabem que são engraçadas. É o caso de um lendário colega meu de faculdade, cujo nome começa com Z. Tudo o que ele fazia era incrivelmente engraçado. Mesmo que fossem frases simples. Ele dizia “cara, perdi meu ônibus hoje”. Era o suficiente para rir.
Você conhece outras pessoas assim. Alguém que diz “mas eu to com uma fome!” e todo mundo ri da afirmação.
Um dos maiores programas de humor involuntário da televisão brasileira é o jornal do meio-dia de uma televisão local. Todo dia quando eles começam falando “a escalada da dengue no estado” eu já começo a rir.
Então eles começam a falar dos meios exóticos para se matar o mosquito da dengue. Da mosquitéria. Invenção de um professor que fala estranho. E dá um baita trabalho, pra prender o mosquito. Teoricamente era mais fácil só manter o quintal limpo, sem água parada e etc. Mas a TV fica mostrando meios bizarros de se capturar um mosquito.
Além das matérias sobre esgoto e prisão de ventre, ali, na hora do almoço. Ou as entrevistas ao vivo. A pergunta para o psicólogo se acordar de mau humor e dormir feliz é sintoma de distúrbio bipolar. Pense, só um programa de humor teria a idéia de fazer essa pergunta seriamente para um psicólogo. É o CQC cuiabano. E a apresentadora super maquiada? As imagens especiais do céu, feitas ali no topo do prédio da emissora, exaltadas como se fossem dignas de Oscar. E nas entrevistas ao vivo, o entrevistado é sempre interrompido bruscamente. É quase um Monty Python.
Existem muitas outros exemplos de pessoas e programas assim. Mesmo sem saber, eles são bem mais engraçados do que qualquer outro um que force piadinhas.
Não abri o livro, porque afinal, eu estava andando. E ler e andar ao mesmo tempo é um convite para o tropeço. Logo sentei e dei uma folheada no livro. Era da Igreja Adventista do Sétimo Dia. O livro era uma adoração ao sábado, já que essa igreja adora o sábado. Não li o livro, é claro, mas olhei algumas frases em destaque.
Morri de rir. Eis algumas das frases mais engraçadas do livro:
“Ao longo dos séculos, a falsa adoração com freqüência foi fundamentada no culto ao Sol”.
“O primeiro dia completo que Adão e Eva passaram juntos foi um sábado”.
“O sábado nos convida a entrar no descanso celestial de Deus e desfrutar um gostinho do Céu hoje mesmo”.
Você provavelmente pode não ter achado a menor graça nisso. Mas eu achei bastante. Provavelmente o Mark Finley, autor do livro, e que está envolvido no ministério cristão há mais de 40 anos, não tinha a menor intenção de escrever um livro tão engraçado assim. Mas pense, observe o enorme humor presente na frase sobre Adão e Eva. E como não é engraçado escrever um livro para defender o ócio total ao sábado?
É um humor involuntário. E para mim, o humor involuntário é o mais engraçado. Pessoas que são engraçadas, mas não sabem que são engraçadas. É o caso de um lendário colega meu de faculdade, cujo nome começa com Z. Tudo o que ele fazia era incrivelmente engraçado. Mesmo que fossem frases simples. Ele dizia “cara, perdi meu ônibus hoje”. Era o suficiente para rir.
Você conhece outras pessoas assim. Alguém que diz “mas eu to com uma fome!” e todo mundo ri da afirmação.
Um dos maiores programas de humor involuntário da televisão brasileira é o jornal do meio-dia de uma televisão local. Todo dia quando eles começam falando “a escalada da dengue no estado” eu já começo a rir.
Então eles começam a falar dos meios exóticos para se matar o mosquito da dengue. Da mosquitéria. Invenção de um professor que fala estranho. E dá um baita trabalho, pra prender o mosquito. Teoricamente era mais fácil só manter o quintal limpo, sem água parada e etc. Mas a TV fica mostrando meios bizarros de se capturar um mosquito.
Além das matérias sobre esgoto e prisão de ventre, ali, na hora do almoço. Ou as entrevistas ao vivo. A pergunta para o psicólogo se acordar de mau humor e dormir feliz é sintoma de distúrbio bipolar. Pense, só um programa de humor teria a idéia de fazer essa pergunta seriamente para um psicólogo. É o CQC cuiabano. E a apresentadora super maquiada? As imagens especiais do céu, feitas ali no topo do prédio da emissora, exaltadas como se fossem dignas de Oscar. E nas entrevistas ao vivo, o entrevistado é sempre interrompido bruscamente. É quase um Monty Python.
Existem muitas outros exemplos de pessoas e programas assim. Mesmo sem saber, eles são bem mais engraçados do que qualquer outro um que force piadinhas.
Comentários
HAHAHAHAHAHAHAHAHAHAHAHAHA!
tente se enformar das coisas p dar sua opinião.e tenha um otimo sabado de descanso.