Esses dias alguém me alertou em forma de pergunta se eu já havia percebido que a maior parte, senão toda a parte, dos textos do CH3 era dirigida ao público masculino. Respondi que claro que sim. Não poderiam deixar de ser. De qualquer forma eu resolvi abrir alguma exceção ou talvez várias, dependendo do fluxo de idéias futuras. E tomei essa decisão: a partir de hoje o CH3 não escreverá apenas textos somente para homens. Não falaremos apenas sobre Stallone Cobra, Besuntação, Futebol e coisas parecidas. As mulheres agora poderão ler sobre temas que as interessem. Desde é claro que esse tema não seja vôlei. Porque isso já seria brincadeira.
Eis então que uma dúvida se estabeleceu em minha alma. Afinal do que as mulheres gostam? Passei dias pensando sobre isso sem chegar a nenhuma conclusão. Liguei para o CVV mas os atendentes não me disseram nada. Perguntei ao pessoal do Manasses, mas eles apenas me ofereceram canetas e papeizinhos. Coloquei anúncios no jornal e o máximo que consegui foi um DVD com um filme estrelado pelo Mel Gibson. Minha primeira reação foi pensar “tá bom, elas gostam do Mel Gibson, mas isso aí eu também não vou falar”. Até vi o filme, em que o personagem após tomar um choque começa a ler os pensamentos femininos. Me arrisquei e tomei vários choques, mas eles não davam certo. Me viciei, e quase liguei para o número do papel do Manasses buscando ajuda. Quando me dei conta de que eu estava saindo do propósito inicial de minha idéia. Se é que entendem, porque eu já não entendia.
Passei dias escutando Radiohead quando finalmente uma luz veio (por mais mórbido que isso seja, enquanto se escuta Radiohead): devia procurar alguém que conhecesse o âmago feminino. Pensei e então eu tinha o nome: O pedreiro Marcão.
Claro, o Marcão, só poderia ser ele. Com 14 filhos com 6 mulheres diferentes, ele entenderia tudo sobre mulheres. Fui então procurar o Marcão em seu barraco. Continuava o mesmo de sempre, perguntei a sua filha mais velha se poderia falar com ele, ela me disse para esperar, pois seu pai estava cagando. Após alguns minutos, Marcão apareceu na sala que também é cozinha. O banheiro ocupa o mesmo lugar da lavanderia. Ele me estendeu sua mão para que o cumprimentasse. Hesitei, ao lembrar que Marcão costuma a viver com a água cortada.
Então, expus minhas dúvidas a ele. Aliás, expus várias vezes até que ele entendesse, cheguei a pedir ajuda para sua filha, mas foi em vão. Após algumas horas, quando cheguei a pensar em ligar para o Manasses (agora apenas a título de vício) ele conseguiu me dar uma resposta. Peguei uma caneta e um bloco de papel para anotar o que o lendário Marcão iria dizer. E ele disse: “Rapaz, mulé gosta memo é de Novela, Cuzinhá e de Pica”. Perguntei a ele se esses não seriam preceitos machistas escrotos. Ao que ele me respondeu “Ma rapaz, mulé gosta é dos mazista ecroto memo”.
Sai da casa de Marcão pensando sobre o que fazer. Pensava comigo mesmo “Não, sobre pica eu não vou escrever”. Eis então que já que estava na porta pensei “vou falar com Jorginho de Ogum”. Alguns amigos em comum, entre eles o Marcão me falaram para tomar cuidado. Jorginho andava esquisito nos últimos dias, anda recluso. Tirou a privada do banheiro e a colocou sobre algumas caixas, onde fica sentado o dia inteiro dizendo ser a reencarnação do Grande rei persa Omar, o invasor da Republica Checa. O que alias muita revolta o Marcão “quessa estória Jorgin gora sóvem caga na minha casa”.
Entrei na sala de sua casa e encontrei sua mulher fazendo programa. Ela me disse para que esperasse minha vez, porque Dupla Penetração quem faz é só a filha dela. Constrangido disse que apenas queria ver o Jorginho. Ao que ela me explicou então que eu deveria entrar pelos fundos. Seu cliente ficou irritado e disse que se fosse assim, quem iria pelos fundos era ele que estava ali há mais tempo.
Desfeito o mal entendido, consegui encontrar Jorginho. Perguntei-lhe que porra era essa afinal, de rei persa. Ele disse que não era nada demais, queria apenas ver se assim conseguia aparecer como um dos convidados escrotos do programa do Jô. Esclarecido, lhe disse o objetivo de minha visita. E ele então disse que era simples. Eu devia falar sobre novelas. Explicou-me também que uma novela está terminando essa semana. Me explicou toda a história, disse me sobre duas gêmeas que uma havia sido morta, que tem um cara malvadão chamado Olavo e etc. Após ouvir isso tudo lhe disse “e daí?”. Ele me disse que falar sobre o final da novela se encaixaria no perfil de texto para mulheres. Perguntei-lhe novamente “como afinal eu farei isso, porra?” e ele sempre pronto me disse que poderia prever o final da novela. Lhe disse então de que apesar de ele nunca acertar nada, e que algumas pessoas já até pensarem que ele é um charlatão aceitaria, desde que ele não me oferecesse sua filha como troco. Afinal, a mesma além de muito feia, ainda faz dupla penetração. Ele concordou e fez o serviço em troca de cópia pirata de um filme pornográfico. Eis então, o que Jorginho diz sobre o final da novela.
“Olha o mais óbvio é que o Olavo tenha matado a Taís. Mas os astros não estão ai para a obviedade. Eu vi ontem no meu copo de Balalaika, que na verdade o que aconteceu é que a Taís se passou por Paula que se passou por Taís, então quem morreu foi a Paula e a assassina obviamente é a Taís. Que sendo ela que morreu, portanto ela esta morta, e sendo ela a outra ao mesmo tempo, o que aconteceu foi um duplo homicídio-suicídio. Mas se não foi isso, a culpa é do Antenor mesmo.”
Mesmo confuso com essa história aceitei-a. Afinal, não iria fazer essa desfeita. Me despedi de Jorginho, com a dúbia certeza de ter talvez conseguido o meu objetivo. Sendo este portanto. O primeiro de talvez alguns textos para mulheres que irão aparecer por aqui.
Eis então que uma dúvida se estabeleceu em minha alma. Afinal do que as mulheres gostam? Passei dias pensando sobre isso sem chegar a nenhuma conclusão. Liguei para o CVV mas os atendentes não me disseram nada. Perguntei ao pessoal do Manasses, mas eles apenas me ofereceram canetas e papeizinhos. Coloquei anúncios no jornal e o máximo que consegui foi um DVD com um filme estrelado pelo Mel Gibson. Minha primeira reação foi pensar “tá bom, elas gostam do Mel Gibson, mas isso aí eu também não vou falar”. Até vi o filme, em que o personagem após tomar um choque começa a ler os pensamentos femininos. Me arrisquei e tomei vários choques, mas eles não davam certo. Me viciei, e quase liguei para o número do papel do Manasses buscando ajuda. Quando me dei conta de que eu estava saindo do propósito inicial de minha idéia. Se é que entendem, porque eu já não entendia.
Passei dias escutando Radiohead quando finalmente uma luz veio (por mais mórbido que isso seja, enquanto se escuta Radiohead): devia procurar alguém que conhecesse o âmago feminino. Pensei e então eu tinha o nome: O pedreiro Marcão.
Claro, o Marcão, só poderia ser ele. Com 14 filhos com 6 mulheres diferentes, ele entenderia tudo sobre mulheres. Fui então procurar o Marcão em seu barraco. Continuava o mesmo de sempre, perguntei a sua filha mais velha se poderia falar com ele, ela me disse para esperar, pois seu pai estava cagando. Após alguns minutos, Marcão apareceu na sala que também é cozinha. O banheiro ocupa o mesmo lugar da lavanderia. Ele me estendeu sua mão para que o cumprimentasse. Hesitei, ao lembrar que Marcão costuma a viver com a água cortada.
Então, expus minhas dúvidas a ele. Aliás, expus várias vezes até que ele entendesse, cheguei a pedir ajuda para sua filha, mas foi em vão. Após algumas horas, quando cheguei a pensar em ligar para o Manasses (agora apenas a título de vício) ele conseguiu me dar uma resposta. Peguei uma caneta e um bloco de papel para anotar o que o lendário Marcão iria dizer. E ele disse: “Rapaz, mulé gosta memo é de Novela, Cuzinhá e de Pica”. Perguntei a ele se esses não seriam preceitos machistas escrotos. Ao que ele me respondeu “Ma rapaz, mulé gosta é dos mazista ecroto memo”.
Sai da casa de Marcão pensando sobre o que fazer. Pensava comigo mesmo “Não, sobre pica eu não vou escrever”. Eis então que já que estava na porta pensei “vou falar com Jorginho de Ogum”. Alguns amigos em comum, entre eles o Marcão me falaram para tomar cuidado. Jorginho andava esquisito nos últimos dias, anda recluso. Tirou a privada do banheiro e a colocou sobre algumas caixas, onde fica sentado o dia inteiro dizendo ser a reencarnação do Grande rei persa Omar, o invasor da Republica Checa. O que alias muita revolta o Marcão “quessa estória Jorgin gora sóvem caga na minha casa”.
Entrei na sala de sua casa e encontrei sua mulher fazendo programa. Ela me disse para que esperasse minha vez, porque Dupla Penetração quem faz é só a filha dela. Constrangido disse que apenas queria ver o Jorginho. Ao que ela me explicou então que eu deveria entrar pelos fundos. Seu cliente ficou irritado e disse que se fosse assim, quem iria pelos fundos era ele que estava ali há mais tempo.
Desfeito o mal entendido, consegui encontrar Jorginho. Perguntei-lhe que porra era essa afinal, de rei persa. Ele disse que não era nada demais, queria apenas ver se assim conseguia aparecer como um dos convidados escrotos do programa do Jô. Esclarecido, lhe disse o objetivo de minha visita. E ele então disse que era simples. Eu devia falar sobre novelas. Explicou-me também que uma novela está terminando essa semana. Me explicou toda a história, disse me sobre duas gêmeas que uma havia sido morta, que tem um cara malvadão chamado Olavo e etc. Após ouvir isso tudo lhe disse “e daí?”. Ele me disse que falar sobre o final da novela se encaixaria no perfil de texto para mulheres. Perguntei-lhe novamente “como afinal eu farei isso, porra?” e ele sempre pronto me disse que poderia prever o final da novela. Lhe disse então de que apesar de ele nunca acertar nada, e que algumas pessoas já até pensarem que ele é um charlatão aceitaria, desde que ele não me oferecesse sua filha como troco. Afinal, a mesma além de muito feia, ainda faz dupla penetração. Ele concordou e fez o serviço em troca de cópia pirata de um filme pornográfico. Eis então, o que Jorginho diz sobre o final da novela.
“Olha o mais óbvio é que o Olavo tenha matado a Taís. Mas os astros não estão ai para a obviedade. Eu vi ontem no meu copo de Balalaika, que na verdade o que aconteceu é que a Taís se passou por Paula que se passou por Taís, então quem morreu foi a Paula e a assassina obviamente é a Taís. Que sendo ela que morreu, portanto ela esta morta, e sendo ela a outra ao mesmo tempo, o que aconteceu foi um duplo homicídio-suicídio. Mas se não foi isso, a culpa é do Antenor mesmo.”
Mesmo confuso com essa história aceitei-a. Afinal, não iria fazer essa desfeita. Me despedi de Jorginho, com a dúbia certeza de ter talvez conseguido o meu objetivo. Sendo este portanto. O primeiro de talvez alguns textos para mulheres que irão aparecer por aqui.
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