3 Propostas de Roteiros Pós-Pandemia

Se há uma certeza nesse mundo é que um dia essa pandemia vai acabar. Seja com toda a população humana dizimada por um vírus incontrolável ou imunizada por vacinas e disposta a retornar a uma série de hábitos doentios de outrora.

Caso a segunda e otimista possibilidade se mostre a real, não há dúvida de que a classe artística irá abrir as comportas do pensamento para inundar a população com as ideias represadas durante a reclusão. Teremos acesso a uma série de canções reflexivas e ruins sobre os tempos de isolamento, livros e contos merdas sobre um futuro distópico, mas que caramba se parece bastante com o que já vivemos, e muitos filme sobre a pandemia. Baseados em fatos reais ou em viagens alucinógenas provocadas pelo excesso de entorpecentes consumidos durante o isolamento, seremos bombardeados por histórias sobre romances na quarentena, aventura na quarentena, o drama de médicos, o drama de pesquisadores, o drama de jornalistas, bastidores da tomada de decisões, ficções apocalípticas com finais felizes, finais tristes, finais que ninguém vai entender nada, enfim. Precisaremos de outra quarentena para ter capacidade de consumir toda a produção artística engavetada nesses tempos estranhos.

É nesse clima que o CH3 sugere três roteiros para filmes que tem a pandemia com plano de fundo. Jodie Foster, Nicolas Cage, Sandra Bullock e Matt Damon já podem começara a estudá-los, já que é bem possível que essas propostas se tornem realidade pelas mãos das cabeças mais pensantes e influentes de Hollywood.


1) O Cruzeiro do Corona

Esse daqui é batata demais que vai acontecer, baseado na história dos vários cruzeiros que se viram a deriva durante a pandemia. Uma família (Tom Hanks, Jodie Foster e dois filhos adolescentes) embarca para uma viagem dos sonhos: um cruzeiro pelo pacífico. Tudo ia bem, exceção feita ao casal do quarto 103 que apresentava uma gripe persistente. Como a situação não melhora, os médicos da embarcação são chamados para examinar os dois e constatam que eles estão com uma severa pneumonia. A orientação é para que o casal desembarque na próxima parada, em busca de atendimento médico especializado e uma possível internação, caso contrário eles poderão morrer. Ao chegarem no próximo destino, os comandantes do barco são avisados que não poderão atracar. Uma epidemia de gripe tomou o mundo e as fronteiras são fechadas. O vírus que provoca a doença é extremamente contagioso e pode ser letal.

Daí em diante a história se desenvolve em três frentes: 1) cada vez mais pessoas vão ficando doentes e morrendo dentro do barco. 2) O drama dos comandantes tentando atracar, enquanto recebem informações desencontradas sobre a doença. 3) A Família Principal tentando se proteger da doença a todo custo. Imagino cenas de salões do barco vazios, diálogos tensos do comandante do barco com os oficiais da marinha dos países que rejeitam a embarcação e o auge: sozinhos no quarto, comendo latas de sardinha silenciosamente, a família tem medo. A filha começa a tossir. O olhar dos país nos faz perceber que ela está doente e que provavelmente todos ficarão.

Como é um belo de um dramalhão norte-americano, o barco conseguirá parar em algum lugar, muitas pessoas irão morrer, mas a filha adolescente vai sobreviver depois de ser levada para sozinha para a UTI.

2) Monitoramento

Cientistas desenvolvem um chip que, assim que é inserido embaixo da unha, é capaz de detectar instantaneamente se a pessoa foi contaminada pelo coronavírus. O chip também ajuda no monitoramento do isolamento e dos contatos das pessoas contaminadas. A estratégia se mostra acertada e a pandemia é controlada graças a inovação, os cientistas responsáveis se transformam em celebridades.

No entanto, uma vez superada a pandemia, os chips passam a ser utilizados para restringir liberdades individuais, verificar delitos e monitorar opositores ao governo central, que logo se transforma em uma ditadura. Quem tenta retirar o chip é preso e desaparecer para todo sempre, resultando em uma sociedade que vive com medo o tempo inteiro.

Filmado em um clima meio Blade Runner, meio Gattaca, questiona os avanços da ciência e se a vida nesse novo mundo é tão melhor assim do que a de quando estávamos presos em casa com medo de morrer.

3) Plantão Médico Extremo

George Clooney retorna ao papel que o consagrou. Diretor de um hospital que vê dezenas de pessoas morrendo todos os dias, ele lidera sua equipe em busca de uma solução para a epidemia. Eles parecem encontrar resultados positivos, mas enfrentam um empecilho ainda maior: o presidente da República que quer utilizar a pandemia no seu plano de destruição da população. Os médicos confiam na ciência, mas a população fica perdida e aceita as ordens do presidente, que prescreve um remédio mortal.

Ficção pura e simples.

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