Professora Dilma

Durante todo o longo e extenuante processo de impeachment da presidente Dilma Rousseff, o que mais me chamou a atenção foi a seguinte frase, dita por um de seus correligionários.

“Vamos destacar a questão da inabilitação. Caso contrário, a presidente Dilma será impossibilitada de ter um emprego público, será impossibilitada de receber qualquer tipo de recurso de estatal e de exercer o papel de professora universitária, por exemplo, e de ter a possibilidade de disputar outros mandatos”,

Ele se referia a um pequeno desmembramento do processo de impeachment, em que os senadores que formavam a antiga base de sustentação petista pediam que fossem feitas duas votações: uma para definir se Dilma deveria deixar o cargo e outra para decidir se ela deveria ou não perder os seus direitos políticos pelos próximos oito anos. Foi exatamente isso o que aconteceu e Dilma acabou destituída do cargo mas conseguiu manter o direito de ocupar cargos públicos.

Apesar de ter o direito de disputar as próximas eleições, esse não deve ser o objetivo de Dilma, visto que o seu desgaste é tão grande que ele teria dificuldades em se eleger para fazer parte de comissão de formatura de colégio. Conforme revelou o senador amigo da ex-presidente, o sonho de Dilma é dar aulas. Sim, nossa ex-mandatária sonha em ir para o lado quadro negro da força e lecionar alguma disciplina em alguma universidade pública do país.

Dilma é economista por formação e apesar da tragédia financeira de seu governo, acredita-se que ela deve ter uma boa base teórica para repassar aos seus alunos. No entanto, se há algo pelo o qual a ex-nº1 do Brasil é famosa, é por sua total incapacidade de se comunicar de maneira clara e coerente. Os discursos de Dilma Rousseff são mundialmente conhecidos pela confusão mental que ela estabelece, pela confusão sintáxica condensada em uma pílula de treze segundos de duração.

Muitas de suas frases estão no anedotário nacional. A figura oculta do cachorro, a saudação a mandioca, a afirmação de que o senador Wellington Dias costuma a pular por janelas, a constatação de que quem ganhar e quem perder, que todos vão perder. Dilma é uma mestre na arte de se expressar mal e executa essa atribuição de uma forma que poucas pessoas conseguiriam.
Essa bola é uma bola eu fiz o teste e ela quica e isso nos faz sermos homens ou mulheres sapiens

Essas armadilhas intelectuais embutidas em suas frases já provocam extrema confusão quando ela tenta falar de coisas simples como a amizade entre crianças e animais ou sobre a certeza de que todos nós vamos morrer um dia e não há nada que possamos fazer para evitar isso. Agora, imaginem Dilma Vana Rousseff dentro de uma sala de aula lecionando um assunto extremamente complexo, como é o caso da economia. Esse mundo cheio de superávits, déficits, variações cambiais e dezenas de pensadores alemães que fizeram elaboradas constatações sobre o crescimento global.

Imaginem Dilma tentando entregar todas essas informações complexas para uma massa de alunos sedentos por conhecimento. Dilma tentando explicar matemática complexa e raciocinando sobre a matemática para seus discípulos.

Isso não vai dar certo, quem ganhar e quem perder vai perder.

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