Terroristas do Whatsapp

A Polícia Federal deflagrou na semana passada uma operação que prendeu uma dezena de terroristas que atuavam em solo brasileiro planejando atentados durante os Jogos Olímpicos do Rio de Janeiro. Segundo as investigações, esse grupo difuso espalhado pelos mais diversos cantos do Brasil, planejava suas atividades nos meios virtuais, utilizando principalmente o Whatsapp.

Em um esforço jornalístico, o CH3 teve acesso ao relatório que monitora essas atividades e conversou com algumas das vítimas da quadrilha pretensamente islâmica. As investigações comprovam que o grupo era realmente perigoso e estava disposto a inaugurar uma era de terror no território brasileiro.

O relatório aponta que no dia 17 de março de 2016, o líder do grupo, Jardel El Haddad Castro criou um grupo chamado “Vigília Brasil”. Ele adicionou outros integrantes da organização, como o perigoso Robert El Kadri Arruda, Fernando Bin Tariq Oliveira e Carlos Al-Owairan Nogueira. Logo, Jardel El Haddad repassou imagens do crepúsculo acompanhadas de mensagens motivacionais. Jardel ordenou “repassem a todos os seus contatos”.

Robert El Kadri respondeu logo depois afirmando que havia cumprido a missão. Fernando Bin Tariq questionou se o grupo da família deveria ser poupado e Robert respondeu que não. “É justamente no grupo da família que nós temos que começar, que nós precisamos massificar essa questão”, disse friamente.
Os terroristas cuspiam nas pessoas e depois afirmavam que tinham caxumba
O grupo rapidamente diversificou suas ações. Em pouco tempo eles começaram a mandar áudios de 11 minutos para os seus contatos. “Insista com seus contatos até eles ouvirem”, dizia Jardel El Haddad. Os áudios continham vozes de crianças contando piadas repletas de trocadilhos. Mais uma vez, Robert El Kadrid aparece como o mais violento de todos. “Se for o caso, compartilhe por e-mail”, demonstrando que os terroristas muitas vezes utilizavam técnicas rudimentares.

No entanto, eles se mostravam atentos as movimentações do mundo moderno. Nem mesmo os recentes bloqueios contra o Whatsapp promovidos pela justiça brasileira interromperam as ações dos terroristas.

Joelton Lima de Andrade, amigo de infância de Robert El Kadri, colaborou de maneira anônima com as investigações. Ele topou falar com a nossa reportagem sem se identificar e contando com a confidência de que nós não informássemos que atualmente ele mora na Rua Amazonas 43, no município de Comodoro e dirige um veículo Fiesta placa OIQ-1291, uma vez que os terroristas são violentos e já fizeram ameaças contra a vida dele.

“Na última vez em que o Whatsapp caiu eu fiz como todo mundo e fui para o Telegram. E vinte minutos depois que eu baixei o aplicativo o Robert já estava lá me mandando passagens bíblicas ilustradas por fotos de pássaros. Eles eram muito rápidos”. As breves passagens do grupo pelo Telegram se mostraram ainda mais violentas. De acordo com Joelton, certa vez ele foi inserido no grupo do condomínio em que ele mora. “Eu ouvi dizer que eles invadiam grupos, se tornavam administradores e passavam a adicionar pessoas indiscriminadamente. Quando você ia perceber, já estava em 38 grupos diferentes”. O objetivo, afirma Joelton, era recrutar pessoas para a causa islâmica. “Uma vez lá dentro, a única maneira de escapar era partindo para o lado deles. Era uma espécie de sequestro-intelectual-virtual do qual não havia escapatória. Ou o crime, ou o isolamento virtual”.

O relatório aponta possibilidades sobre as ações que os terroristas planejavam para as Olimpíadas. O nosso colaborador anônimo Joelton acredita que o grupo não tem limites. “Provavelmente eles vão criar grupos e adicionar pessoas dentro deles e vão compartilhas várias memes com piadas sobre o salto com vara e outros esportes que possam ter algum trocadilho relacionado a objetos que podem ser introduzidos no ânus. Certamente eles vão encher tanto o saco do mundo que um dia o Estado Islâmico em pessoa vai resolver explodir isso aqui”.

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