O futuro da transmissão do Oscar

Depois que a participação apoteótica de Glória Pires na transmissão da cerimônia do Oscar abalou as estruturas do poder econômico, muitas pessoas tem discutido como será o futuro da transmissão televisiva do prêmio. Há praticamente um consenso de que seria impossível repetir o padrão de qualidade apresentado em 2016, que mesmo que Glória repita seus comentários em 2017, eles soarão forçados, repetitivos, imitações dela própria, sem a alma, o entusiasmo e o pioneirismo de suas primeiras intervenções.

Pensando nisso, o CH3 segue a escola Fernando Vanucci de pensamento, pela qual é preciso mudar, mas mudar de vez, derrubar o castelo de areia antes que viremos comida de leões. Nos próximos anos, a Rede Globo de Televisão deve investir pesado em novos comentaristas que darão um Up na audiência.

Galvão Bueno: Não sei como até hoje ninguém nunca pensou em colocar Galvão Bueno comandando a transmissão do Oscar. Imaginem o drama que ele colocaria. A clássica frase “and the Oscar goes to...” seria traduzida como “quem é que soooooobe” no palco. O ápice ocorreria quando um filme brasileiro, ou qualquer pessoa ligada ao Brasil ou a Argentina estivesse disputando. Haja coração amigo, não era o dia do cinema brasileiro.
Ééééééé amigo, os mexicanos são perigosos, eles tem evoluído e sempre complicam pro Brasil

Claro que o pacote Galvão Bueno incluiria Arnaldo Cezar Coelho comentando a decisão dos julgadores, explicando que a regra é clara, seja lá que regra for essa.

Craque Neto: Numa jogada ousada e arriscada, a Vênus Platinada arrancaria o craque Neto da Bandeirantes para comentar o Oscar. Certamente Neto nunca deve ter visto um filme que não seja do Mazarópi o que o qualifica prontamente a comentar a cerimônia. Seus comentários não seriam muito diferentes do que ele já faz no futebol, explicando a maneira correta de bater uma falta, dizendo que viu uma agressão física no meio da plateia e a cada close em um ator mais velho diria “esse era craque, atua mais do que qualquer um de hoje em dia”.

Eduardo Cunha: Porque esse cara entende tudo de atuação.

Carla Pérez: Do alto de sua experiência cinematográfica, como protagonista do clássico Cinderela Baiana, Carla Pérez poderia destilar a sua já decantada cultura geral. Vale ressaltar que ela seria a segunda protagonista de Cinderela Baiana a comentar o Oscar, uma vez que Lázaro Ramos já esteve nos estúdios da Globo em 2015.

Donald Trump: Na verdade, ele deveria ser chamado apenas para fazer comentários especiais na hora da entrega do prêmio para o melhor filme estrangeiro e uma aparição esporádica para falar sobre um diretor mexicano que por acaso tenha ganho algum prêmio.

Vinícius Gressana: Tenho absoluta certeza que Vinícius seria capaz de fazer comentários inapropriados ao momento e constrangeria a todos com sua opinião forte.

Chacrinha: O lendário apresentador de TV já está morto e é isso que torna sua participação na transmissão extremamente interessante.

Pedro Bial: Seria muito legal se o velho Bial fosse instigado a fazer algum texto poético sobre os ganhadores e perdedores. Poderia ficar filosofando sobre a vida e falando sobre a fala dos premiados, trazendo um charme anárquico a transmissão do prêmio hollywoodiano.

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