Quem é que assume?

O impeachment está na boca do povo. Todo dia alguém aparece defendendo o impeachment da presidente Dilma Rousseff. Senadores, prefeitos, governadores, louquinhos de bairros, todo dia um deles está na manchete exigindo renúncia, impedimento ou degola.

Não parece ser tão simples assim. São necessários fatos concretos ou armas potentes para tirar alguém do poder pelo motivo que seja. Mas, e se acontecer? Se a Dilma cair, quem é que assume o comando do país? Parece uma questão simples, mas os juristas tentam apontar várias alternativas e nesse post o CH3 vai se aprofundar no tema.

Você conseguiria ser feliz caso você se chamasse
Michel Miguel?
Michel Temer
Michel Miguel Elias Temer Lulia. Esse é o nome do vice-presidente do Brasil e aquele que legalmente assume o país caso o titular da presidência tenha que se ausentar do país, não possa assumir por problemas físicos, renuncie ao cargo ou seja assassinado, esquartejado e enterrado em vala comum. Michel Miguel seria o nome óbvio para assumir o poder, mas o Brasil não é um país tão óbvio, é um país em que um cara pode se chamar Michel Miguel.

Aécio Neves
Segundo colocado no campeonato brasileiro do ano passado, Aécio Neves pode assumir o poder caso a eleição de Dilma seja impugnada por motivos de compra de voto ou escalação de um jogador irregular. Caso todos os votos de Dilma fossem considerados nulos na última eleição, Aécio seria o ganhador e poderia ser conduzido ao Palácio do Planalto, apenas pelo tempo necessário para que ele transfira a capital nacional novamente para o Rio de Janeiro.

Eduardo Cunha
O presidente da Câmara é o segundo nome da linha sucessória do país e poderia assumir caso Dilma fosse embora para a Bulgária e Michel Temer morresse por alguma razão absurda, tipo prisão de ventre fatal. Mesmo no caso de a eleição ser anulada, Eduardo poderia assumir a presidência durante um breve período de transição, tempo suficiente para ele outorgar uma nova constituição nacional e se definir como monarca absoluto.

Renan Calheiros
Voltando: Dilma vai para a Bulgária, Michel Miguel morre de prisão de ventre e Eduardo Cunha recebe o chamado definitivo de deus se transformando em um espírito de luz na praça dos três poderes. Neste cenário apoteótico, o interminável Renan Calheiros assumiria o poder e aí então é que vocês veriam o que é um presidente envolvido em escândalos.

Ricardo Lewandowski
Se depois de todos os fatos absurdos citados anteriormente (fuga, morte exótica e transfiguração da matéria), até Renan Calheiros tivesse um problema e resolvesse cometer suicídio engolindo os próprios testículos, seria a vez de Ricardo Lewandowski, o presidente do Supremo Tribunal Federal, assumir o poder. Ele já estaria um tanto quanto transtornado com toda essa situação e faria um governo mais travado do que reunião do STF.

Luís Gastão de Orleans e Bragança
Com o Brasil nessa situação de caos, porque não voltar para a charmosa e histórica monarquia. O agora conhecido Dom Luís I assumiria o poder, daria festas extravagantes e mergulharia o Brasil em uma guerra civil. Há uma bizarra disputa pelo poder entre os descendentes da família real brasileira, envolvendo o Ramo de Vassoura de Dom Luís e o Ramo de Petrópolis. Uma disputa inútil, mas com muita tensão e xingamentos no último século. Imagina o que aconteceria se a disputa realmente valesse o poder de usar perucas bizarras e andar de carruagem? Guerra civil entre os simpatizantes e muita gente sendo atravessada por espadas.

Eduardo Dias da Costa Villas Bôas
Esse cara com esse nome que você nunca escutou é o atual comandante do exército brasileiro. Caso o desejo de uma parte da população seja atendido e os militares resolvam intervir na situação, Eduardo é que assume o poder em uma nova Ditadura Militar.

Papa Francisco
Figura simpática, carismática, com um discurso que agrada os setores mais liberais, mas ainda assim um símbolo para os conservadores. Papa Francisco é o nome ideal para assumir o Brasil em um momento de crise institucional. Não vejo razões para que Chico I assuma o poder, quem sabe uma emenda de Eduardo Cunha.

Ganhador do BBB
Muita gente fala que está em andamento um golpe orquestrado pela mídia golpista. Caso isso seja verdade e caso Dilma seja derrubada pela mídia, nada mais justo do que a mídia escolhendo o novo comandante nacional. É assim que funciona na guerra e nos golpes: os ganhadores impõem sua vontade sobre os derrotados, que são estuprados e violentados. Assim sendo, os clãs Marinho, Frias e Civita poderiam comandar um triunvirato. Ou poderiam colocar o Sílvio Santos de primeiro ministro. Ou então, poderiam instituir o vencedor do BBB como presidente do Brasil. Mandatos de um ano, escolha popular facilmente manipulável… seria perfeito.

Comentários