Coisas que o dinheiro não compra

Já faz algum tempo que alguma agência publicitária criou uma campanha com o slogan “existem algumas coisas que o dinheiro não compra, para todas as outras existe Mastercard”. Com forte apelo emotivo, não dá pra negar que a ideia foi muito boa e até hoje está na memória afetiva de muitas pessoas.

Como nem a melhor das campanhas publicitárias resiste muito tempo, o mote foi sendo alterado aos poucos, dando sempre a entender que nessa vida você não precisa de muita coisa além de um mastercard na carteira. É o que demonstra a propaganda a seguir, ainda em cartaz nas televisões brasileiras.



A ideia do comercial é chamar a atenção para o cachorrinho bonitinho e amolecer o seu coração em busca de consumismo frenético. Mas, o comercial tem um lado oculto e perverso.

O simpático cãozinho é, na verdade, a própria encarnação do demônio. Veja que ele é capaz de puxar o pano de uma mesa cheia de pratos e panelas e que ele faz isso em poucos segundos, mais rápido do que qualquer ser humano faria. Observe que ele desligou a energia da casa apenas para acabar com a diversão da família. Não duvido que ele aproveitaria a escuridão para realizar uma execução sumária.

O pior, é que o cachorro satânico não teria dificuldade em realizar o seu plano. A família é completamente retardada. Que casa é essa em que é possível desligar toda a energia retirando um cabo da tomada? Não tem um quadro de distribuição? E, ao invés de recriminarem o cachorro destruidor, eles acham superdivertido e o recompensam.



Pouco tempo depois, surgiu a sequência desse comercial, mostrando agora a família em férias. Percebe-se novamente a falta de limites. O que você acharia de ter uma filha que utiliza termos como “máster bláster?”.

Pois bem, a família estava lá se divertindo, tirando selfies com comida. As fotos são misteriosamente enviadas para um computador misteriosamente ligado na casa da família em férias. Este computador estava ligado para que o cachorro pudesse ver as fotos. Oras, todos nós sabemos que cachorros não conseguem interagir com telas e seriam incapazes de reconhecer rostos na tela de um computador. Exceção feita a... um cachorro possuído pelo capeta.

E esse cachorro está sozinho dentro de casa! A família sai de férias e deixa a casa nas mãos do Cão, com duplo sentido. Um risco enorme. Em breve a Mastercard irá terminar essa trilogia da seguinte forma.

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