Retrato do CH3 com 4 anos

Depois de um período glorioso, o CH3 entrava numa ressaca sem fim, que jamais terminou até os dias de hoje. Era como se o blog tivesse misturado cerveja, vinho, espumante, uísque, tequila, saquê, gim, licor de uva, licor de nozes, licor de pequi, campari, vodca, conhaque, pisco, cachaça, absinto e aquela maldita azeitona do Dry Martini fez um mal danado.

Aos poucos eu me vi sozinho com um blog de três anos para criar, tinha 23 anos e não sabia se eu estava preparado para isso. Poderia ter abandonado o blog a doação, ter inventado matérias com sósias... bem, acho que isso já foi feito mesmo por aqui.

O ano de 2010 ficou marcado por uma cobertura interminável sobre a Copa do Mundo e a responsabilidade de manter o blog com postagens dia-sim-dia-não me fez criar o hábito de anotar ideias no bloco de notas do celular, por vezes acordava de um sonho e o anotava para ser usado posteriormente. Bem, em alguns casos não dava em nada. De certa forma, digo que hoje o blog ainda é o mesmo blog que era nessa época.

Nessa época eu era desempregado, Vinícius Gressana era escravizado em uma agência publicitária e dedicava seu tempo livre ao Guitar Hero e a besuntação. Tackleberry por outro lado, já estava nas Bahamas de onde nós nunca sabemos direito se ele já voltou ou não na timeline do blog.

Quem entrava nessas bandas geralmente se dispunha a deixar algum comentário dizendo que o post estava altamente equivocado em suas opiniões. Deixamos vários projetos, como as lendárias camisetas CH3, para trás.

Aliás, pelo menos um projeto foi para frente, mesmo que por pouco tempo. O Podcast CH3 surgiu das trevas em quatro edições, sendo que pelo menos duas foram excepcionais e estão entre as melhores coisas que a internet já produziu em todos os tempos.
Polvo Paul voltou, pra dizer que te despreza

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