As Artimanhas que o Google utiliza para prejudicar o seu desempenho profissional e provocar sua ruína


Em 1999, a internet dava os seus primeiros passos no Brasil. Quando as pessoas assinavam uma revista, elas recebiam junto um disquete para instalar um discador no seu computador. Todos discutiam quem era melhor, Aol, Uol, Zap, Bol, IG. As famílias investiam em uma segunda linha telefônica, para poder acessar a internet sem comprometer o telefone fixo. Banda larga era um sonho. Era um mundo pré-histórico em que perdíamos horas digitando o endereço na barra do navegador (Netscape).

A internet promoveu uma verdadeira revolução na vida das pessoas, principalmente na busca pela informação. E neste quesito, o maior mérito está nos sites de busca. Basta um clique para que apareçam 5.890 resultados sobre Macumba na Polinésia Francesa. Hoje, é provável que o Google seja a sua página inicial, mas nem sempre foi assim.

Voltando novamente para a virada do século. Aquela era uma época de desconhecimento, trevas. Nós mal conhecíamos os sites de busca. Eles também não nos conheciam, não existiam buscas personalizadas. Neste mundo, era normal trocar informações sobre os melhores sites de busca durante o recreio, depois da professora de Ciências ter passado um trabalho sobre doenças transmitidas por bactérias.

O mais popular entre todos era o Cadê. Totalmente nacional, ele era objeto de culto entre os alunos. Mas eu não era totalmente satisfeito com o Cadê. Na verdade, achava-o uma porcaria. Preferia o Altavista e em menor grau o Yahoo, que poderia ser funcional em alguns casos (curiosamente, os três acabaram virando a mesma coisa em um momento posterior). Foi ai que eu descobri o Google e logo me encantei.

Posso dizer que em 2000 eu era um dos precursores do Google em Cuiabá. A maioria dos meus colegas não o conhecia e não levavam muito a sério a minha recomendação de que ele era perfeito para encontrar páginas sobre animais peçonhentos, até porque o Google sempre teve um visual bem simples, completamente diferente das páginas alaranjadas com marcas d’água no fundo, tendência da época.

Enfim, a história todos vocês conhecem. O Google cresceu demais. Virou um gigante mundial, com negócios que vão muito além da busca, com email, tradutor, mapas, sistemas operacionais, televisões, computadores, cafeteiras. Enfim. O Google hoje transcende a internet. Eles têm interesse em fabricar produtos para todas as áreas possíveis.

Bem, fiz essa longa introdução nostálgica apenas para chegar a seguinte afirmação: o Google faz parte de uma conspiração internacional para prejudicar o seu desempenho profissional.

Algum tempo atrás, eles resolveram inovar na sua página inicial instituindo o “Doodle”, marcas especiais referentes a algumas datas, que enfeitam a página durante um dia. Alguns são apenas artes diferentes, outros são animados. E tem os jogos. Ai que está a perdição.

Você já deve ter entrado no Google algumas vezes para procurar alguma coisa essencial para o seu trabalho, mas acabou traído pelo Pacman, pela Guitarra Virtual, pelo ET que queria voltar pra casa, pela prova dos 100 metros com barreira. Hoje mesmo aposto que você nem está lendo esse texto, porque na verdade está tentando conseguir derrubar 200 balinhas daquela estrela psicodélica. É o que eu vou fazer agora. Adeus para vocês.

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