O Futuro da Seleção Brasileira

Como todos vocês já devem saber, Mano Menezes não é mais o técnico da seleção brasileira de futebol. O treinador foi demitido após ganhar o “Superclássico” das Américas e de uma série invicta em amistosos. Prova de que os dirigentes da CBF deviam estar mais felizes quando a seleção perdeu as Olimpíadas  ou quando tomou um ferro de Alemanha, da Argentina, França. Vá entender os dirigentes.

Perdeu, Mano
O fato é que a demissão gerou muitas divisões na sociedade brasileira. Um setor organizou festas nababescas, um verdadeiro desbunde regado a muito champanhe e discursos reacionários para comemorar a queda do treinador. Outro setor da sociedade se une ao técnico e começa uma revolução silenciosa, colocando “Mano Menezes” em seus nomes no Facebook. Um terceiro setor da sociedade não deu a mínima.

A pergunta que fica é: como fica a seleção brasileira? A Copa do Mundo começa daqui a 19 meses e como é que fica o Brasil? Será que perderemos a Copa em casa para a Argentina? Para a Alemanha? Para a Espanha? Para a Tchecoslováquia? O futuro da seleção, pois bem, depende de quem será o técnico escolhido para substituir Mano no comando do escrete nacional.

Consultamos Pai Jorginho de Ogum para saber quem é este nome. Ele me disse que o novo técnico será o Felipão. Perguntei se aquilo era uma previsão, uma opinião, ou uma vontade. Ele me respondeu que todas essas palavras são sinônimos de futuro em seu dicionário. Não é de hoje que o dicionário de Pai Jorginho tem alguns problemas.

Pois bem, passamos então a trabalhar com a hipótese de que Luís Felipe Scolari, o Felipão será o comandante da seleção brasileira, 10 anos após a conquista do penta.

O treinador será apresentado em janeiro e fará sua primeira convocação para um amistoso contra a Inglaterra. Sua lista tem surpresas, como a volta de Anderson Polga e a convocação do atacante Luan do Palmeiras. O resultado é um 0x0 medonho, saudado por Galvão Bueno como uma mudança de postura na seleção. “Não se ganha uma Copa sem vontade, amigo, e vontade é o que a gente viu hoje em campo”.

Segue-se uma série de amistosos contra seleções do terceiro escalão mundial, com vitórias apertadas, 2x0 na Malásia, 1x0 no Uzbequistão e 2x1 na Moldávia. O espírito guerreiro da equipe é saudado.

Chega a disputa da Copa das Confederações e o Brasil acaba eliminado na primeira fase, após uma derrota constrangedora para a Nova Zelândia. A pressão aumenta e a torcida passa a exigir a convocação de Ronaldinho Gaúcho, arrebentando no Atlético-MG. Ao invés disso, Felipão prefere convocar o senil Marcos Assunção e alguns jogadores do Coritiba.

Sua campanha segue com vitórias sobre seleções medíocres e empates contra seleções pavorosas. Em janeiro de 2014, o presidente da CBF José Maria Marin, diz publicamente que Ronaldinho merece uma vaga na seleção, mas Felipão faz que não escuta. A opinião pública pede Fred de centroavante, mas Felipão aposta em Nilmar, recuperado de sua 12ª cirurgia no joelho e que disputa o campeonato chinês.

Famiglia Scolari II
Às vésperas da Copa, Felipão anuncia uma mudança no esquema do Brasil, que passará a jogar com três zagueiros: Thiago Silva, David Luiz e Gilberto Silva. Uma vitória por 2x0 sobre a Bolívia e outra por 5x0 sobre a Rep. Dominicana acalmam os ânimos da torcida. Na lista final para a Copa, Felipão deixa de fora Ronaldinho Gaúcho, eleito novamente o melhor jogador do mundo, atuando no Brasil.

O Brasil estreia na Copa contra a Bósnia Herzegovina, jogo considerado duro. A escalação do Brasil é: Deola; Thiago Silva, Gilberto Silva e David Luiz; Daniel Alves, Diguinho, Marcos Assunção, Oscar e Carlinhos; Luan e Nilmar. Neymar fica no banco, como opção de velocidade para o segundo tempo. O Brasil consegue uma vitória de virada, mas a crítica reclama da atuação pífia da seleção, principalmente de Luan, atualmente reserva da Ponte Preta.

Felipão mantém o mesmo time, que supera Uzbequistão e Honduras na primeira fase. Marcos Assunção marca de falta o gol da vitória contra o Uruguai nas oitavas. Nas quartas, vitória contra a Espanha em jogo duro, no qual brilhou a estrela de Nilmar. Na semifinal, vitória contra a surpreendente seleção da Bélgica. E na final contra a Argentina, Luan marca o gol do hexacampeonato no único chute a gol do Brasil, aos 40 minutos do segundo tempo.

Felipão é aclamado como um gênio e o capitão Diguinho levanta a taça no Maracanã lotado. Scolari anuncia sua aposentadoria do futebol para abrir uma churrascaria em Santana do Livramento.

Fim.

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