O Salto, a Queda Livre e o Sentido da Vida

O austríaco Felix Baumgartner entrou para a história da humanidade ontem. Durante duas horas e meia, Felix subiu em um balão de hélio até atingir a altitude de 39 quilômetros, na estratosfera. Chegando lá, ele pulou de paraquedas e quebrou uma série de recordes. O mais alto voo com balões, a maior queda livre da história, o maior salto de paraquedas, a maior velocidade atingida por um ser humano sem a utilização de veículos motorizados.

Baumgartner poderia ter quebrados tantos outros recordes, se ele quisesse. O livro dos recordes tem dezenas de categorias absurdas, portanto, ele poderia quebrar o recorde de cusparada do lugar mais alto, maior quantidade de hambúrgueres ingeridos acima de 30 quilômetros de altitude e por aí vai. Mas, o que realmente chama a atenção em sua façanha, são os riscos que ele correu.

Sim, porque o austríaco poderia ter morrido das mais diversas, dolorosas e cruéis maneiras, uma morte que faria o padre Adelir dos balcões parecer um principiante. O balão poderia ter estourado, seu paraquedas poderia ter dado algum problema, qualquer trinco em seu capacete lhe faria sofrer uma combustão espontânea, além do risco de ele perder o controle e girar tanto, que quebrar a coluna seria a morte mais tranquila. Sufocado no próprio vômito seria a opção nojenta.

Mas, deu tudo certo e Baumgartner conseguiu aterrissar em segurança, escrevendo seu nome na história. Será? A grande questão que eu levanto é se vale a pena fazer o que Baumgartner fez. Será que vale a pena arriscar a vida de maneira tão absurda para garantir seu nome escrito em quatro lugares do Livro dos Recordes?

Vivemos em uma era imediatista e o nome de Felix Baumgartner não será lembrado daqui a dois anos, duvido até que seja lembrando no mês que vem. A sociedade atual não se emociona com os grandes feitos. Nossa geração não tem potencial para ter nenhum Neil Armstrong ou Edmund Hillary. Talvez por que com a evolução tecnológica, acreditamos que tudo seja possível.

Há outro lado, que é o da satisfação pessoal. Algo que não dá para mensurar. Para algumas pessoas, a satisfação é ter um carro novo, para outros é ter uma bela família com dois filhos em uma casa com jardim. Para Baumgartner, a satisfação pessoal só poderia ser alcançada com um salto da estratosfera. Cada um é cada um.

E agora, o que ele irá fazer da vida? Ele jamais conseguirá ter uma experiência tão intensa. O que ele poderia fazer? Pular de uma altura ainda maior? Qual seria a graça? Creio que, aos 43 anos, Felix é um aposentado. Eu jamais contrataria ele para a minha empresa, porque acho que ele não teria motivação suficiente para entregar pizzas ou cuidar da parte econômica da firma.

Queda por queda, a do Palmeiras irá durar muito mais tempo e será lembrada por mais tempo ainda.

Comentários

Anônimo disse…
q texto idiota.

talvez o próximo feito dele seja abrir um blog pra reclamar dos outros.
Guilherme disse…
Quem sabe, ele também pode ficar fazendo comentários anônimos na internet. Só não sei se seria um feito.
Thiago disse…
Quando assim o anonimo eh Palmeirense, kkkkk