Guia CH3: Como Sobreviver em Cuiabá

Sobreviver não é exatamente a tarefa mais fácil do mundo. Sim, eu diria que é o maior desafio do homem. Se você não sobrevivesse, você não seria capaz de escalar o Everest num pé só, atravessar o Oceano Índico nadando cachorrinho ou pular de paraquedas da lua. Diria que sobreviver é o primeiro passo das grandes conquistas. Sobreviver em Cuiabá então é uma tarefa ainda mais complicada, diria que hercúlea.

A vida em Cuiabá oferece uma série de perigos que poderiam te matar instantaneamente. Neste post, nós listamos alguns dos principais riscos e consultamos uma série de especialistas em sobrevivência como Jimmy Wales, Zacarias, Les Strud, Les Paul, Tim Maia, Bear Grylls, Casagrande e Alfredo Humoyhuessos para mostras as possíveis escapatórias.

Risco 1: Morrer queimado
Acontece
Em Cuiabá, são registrados 78 óbitos por ano de pessoas que foram queimadas vivas pelo sol. Pessoas que estavam esperando o ônibus e que antes que pudessem perceber foram carbonizadas imediatamente. Outras tantas morreram em queimadas urbanas, quando o local em que elas estavam começou a pegar fogo misteriosamente. Ainda temos óbitos registrados para pessoas que evaporaram graças ao calor e ao ar seco.

Esta é uma situação complicada. Você não pode simplesmente passar o dia inteiro dentro de um tonel de água, porque é grande o risco de ser cozinhado vivo. Também não dá para se proteger debaixo das árvores, porque elas podem pegar fogo automaticamente.

A única solução para este caso é ficar dentro de casa com o ar-condicionado ligado. Faça um canal em volta da sua casa e encha-o de água, isso evitará que o fogo chegue até a sua residência.

Risco 2: Ser atingido por uma manga
A partir de agosto, as mangueiras – principal árvore nativa da região – começam a produzir os seus frutos. São as chamadas mangas, frutas de cor amarelada, que pesam aproximadamente 300g. Como as mangueiras são árvores altas, uma manga pode atingir alta velocidade durante uma queda e o seu impacto contra o solo pode ser de aproximadamente 50 kg. Contra o solo e contra a sua cabeça.
Ver a mangueira caindo
Quem mora em Cuiabá conhece alguma história triste de alguém que perdeu um familiar vitimado por uma mangada. Um problema difícil de solucionar. Mas, nós sugerimos que você utilize um capacete. Dê preferência aos fabricados com kevlar.

Risco 3: Choques
Durante a época da seca, uma das causas mortis mais comuns em Cuiabá é o choque provocado pela porta do carro. Um mistério que ainda intriga os cientistas do mundo inteiro. Apesar das portas de carro serem os principais agentes eletrocutadores da cidade, os choques também podem ocorrer através do contato com árvores ou mesmo com outras pessoas. O que talvez ajude a explicar porque os seres de lama dos Power Rangers soltavam faísca: eles lutavam em Cuiabá.

Para evitar ser eletrocutado em Cuiabá, você deve utilizar alguma roupa que seja um isolante total. Utilize roupas de borracha ou então se enrole em fita isolante. Faça como o Hanz, o pansexual. E use camisinha. Ao redor do corpo inteiro. Também tome cuidado com os choques térmicos e os choques de gestão.

Risco 4: Trânsito
Aproximadamente 77,45% das mortes violentas em Cuiabá estão ligadas ao trânsito. Sejam nos acidentes, nos atropelamentos, nas mortes por fuzilamento após discussões ríspidas, ou ainda, no cidadão que chega em casa, estaciona o carro e mata a mulher e os vizinhos por conta do stress que ele sofreu no trânsito. Cansaço mental provocado por diversos fatores, como o calor, a fumaça, o barulho e congestionamentos quilométricos provocados pela falta de habilidade de alguns motoristas diante de um sinal aberto.

Para sobreviver ao trânsito cuiabano, nunca se esqueça de blindar o seu carro. Tenha sempre a mão um kit de sobrevivência para passar a noite, caso o trânsito esteja impossível, ou ainda realizar pequenas cirurgias.

Risco 5: Itapajé-Santa Amália
Um dos principais roteiros turísticos de Cuiabá, a linha de ônibus que atravessa a cidade tem um itinerário tão longo que nem assíduos leitores de James Joyce conseguiram chegar até o fim. Basicamente não há solução para a questão de como sobreviver a viagem entre o Itapajé e o Santa Amália. Ninguém jamais completou o percurso e os especialistas acreditam que ninguém viveria tempo o bastante para completar o trajeto.

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