O tamanho das coisas

Esses dias eu estava conversando com uma pessoa que me disse que queria comprar um novo aparelho celular. Ela citou um determinado aparelho e disse que o mesmo era muito bom, pelo fato de ser grande. Eis um sinal involuntário da mudança dos tempos.

Quando os celulares surgiram, os mesmos eram trambolhos gigantes, apelidados carinhosamente como tijolões. Arremessar o mesmo na cabeça de uma pessoa poderia provocar morte. Um homicídio doloso, porque você saberia que a pessoa ia morrer.

Símbolo do poder
Com o tempo, os celulares foram diminuindo. Lembro do histórico modelo Startac, que era o cúmulo da pequeneza. Símbolo de status, de poder. Sinônimo de riqueza, nobreza. Ter um, significaria que muitas portas seriam abertas. Logo, tantos outros modelos surgiram, logo se imaginou o dia em que o celular seria do tamanho de um dedo. Ou menor.

Mas, isso não ocorreu. Com o avanço dos tempos, os celulares agregaram funções e hoje são capazes de unir o mundo e até de fazer café. Cresceram de tamanho. Hoje, um celular grande significa que ele é melhor para a exibição de vídeos e de tudo o mais. Hoje o bom é o celular grande.

Imagino que sempre tenha sido assim com o objeto mais importante para o homem. Com o cavalo? O desejo por um cavalo pequeno deve ter originado o pônei. Carros pequenos entram na moda e logo são substituídos por caminhões bitrem. O mundo dá voltas.

Este pequeno texto foi friamente planejado, e não significa de maneira alguma, que ele seja improvisado, fruto da falta de dedicação do blog. Abraços.

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