Titanic, 100 anos de história

O naufrágio do megalômano navio Titanic completou 100 anos no dia 15 de abril, também conhecido como ontem. Para comemorar esta data tão especial, que marca a vitória da natureza sobre o homem, jornais prepararam especiais, familiares prestaram homenagens. Em uma delas, os descendentes passaram sobre o local do acidente, no mesmo horário em que ele aconteceu.

Não seria irônico se o barco com os familiares das vítimas também afundasse? E vocês sabem, a vida adora ironias. Por isso, achei uma homenagem perigosa. Mas as memórias são merecidas. O naufrágio não deixou sobreviventes.

O Titanic era um projeto ambicioso. Foi construído como o maior transatlântico da história. Eram tempos em que uma viagem entre a Inglaterra e os Estados Unidos podia demorar meses. Para sustentar tanta gente durante tanto tempo, o Titanic dispunha de 20 toneladas de carne, 2 toneladas de sorvete e vários outros suprimentos.
Titanic não resistiu ao peso

E para passar o tempo, o empresário John Titanic resolveu inovar. Ele contratou a cantora canadense Celine Dion para cantar durante o cruzeiro, uma ideia empreendedora que depois foi copiada por Roberto Carlos. Durante as 87 noites de viagem, Celine Dion cantaria no bar do barco.

O problema, todos sabem, é que Celine Dion tem apenas uma canção, a malfadada My Heart Will Go On. Na primeira noite, ele subiu ao palco e cantou esta canção acompanhada de violão, depois de piano, por orquestra e à capela. O ritual se repetiu no dia seguinte. Para economizar o cachê, o muquirana John Titanic resolveu gravar a apresentação e dispensar a cantora. Suas interpretações de My Heart Will Go On passaram a ser repetidas diuturnamente no telão do bar.

Sim, apesar da grande carga de alimentos, o fundo de investimento que administrava o barco esqueceu de carregar um estoque de discos de vinil para entreter os passageiros. Uma grande falha.

As inúmeras repetições do refrão (Near… Far…) foram minando a paciência do experiente capitão Edward J. Smith. E para piorar a situação, havia a sua conturbada relação com um passageiro chamado Jack. Edward nunca foi com a cara de Jack. Assim que olhou para ele pensou “Este é um veado, um bundeiro”. Também achou que Jack tinha uma postura arrogante, de quem se sentia o dono do mundo.

A culpada
E o rapaz ainda engatou um romance com Rose, outra jovem passageira. Edward achou isso um absurdo, visto que Rose era noiva. Quando o capitão encontrou o casal mantendo relações sexuais no banco de trás do seu carro, ele surtou. Saiu gritando “que pouca vergonha é essa no meu navio!”. E concluiu, apocalíptico, “isso não vai ficar assim”.

Subiu as escadarias rumo a sua cabine. O sistema de som continuava tocando Celine Dion. E então, ele viu um gigante iceberg no horizonte. Não pensou duas vezes e tomou a drástica decisão. Iria afundar aquele barco. Concluiu que era um bem pela humanidade. Outros marinheiros tentaram evitar a tragédia, mas o capitão havia feito bem os cálculos. Antes que o navio afundasse, ele subiu em um bote e fugiu para às Bahamas, onde vive até hoje.

Especialistas da atualidade avaliam que mais do que a falta de botes salva-vidas, ou falha humana, a repetição interminável de músicas de Celine Dion provocou o acidente. Uma falha lamentável. A música da canadense ainda seria a responsável por duas guerras mundiais, o que levou a convenção de Genebra a colocar a execução de My Heart Will Go On na lista de crimes contra a humanidade.

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