Guia Ofensivo dos Estados, Parte 2

Ele está de volta. O Guia do Pecado. O Guia do horror. Com todos os estados que não foram humilhados na primeira edição do Guia. Memorize as informações. Elas podem ser úteis quando você se transformar em uma comediante que é entrevistada pelo Jô Soares.

Acre: O Acre, como todos nós sabemos, é um estado que não existe, uma espécie de buraco negro. O que existe em um lugar que não existe? Eis uma questão existencial.

Amapá: O Amapá passa a imagem de ser o lugar mais distante do planeta. Viajar para sua capital, Macapá parece ser mais difícil do que ir até a lua.

Cacildis!
Ceará: Todo cearense é igual ao Didi Mocó. Pelo menos, seria mais divertido se realmente fosse assim. Ou, menos divertido. No Ceará, vive um povo de testa avantajada e de fala estranha. Eles costumam a organizar caravanas periódicas para São Paulo, sem passagem de volta. No meio da civilização, eles mantém seus costumes primitivos, como a alimentação a base de bode e o forró.

Distrito Federal: No momento em que você pisa na capital mundial da corrupção, você já começa a superfaturar tudo o que vê pela frente. Brasília também é a terra das quadras compulsivamente arrumadas. No entanto, creio que a grande graça da capital federal, é colocar o pé na rua e ver se os motoristas realmente param pra você atravessar. O problema, é que não vai ser legal se eles não pararem.

Maranhão: Um estado que fica em segundo plano diante da imagem de José Sarney. O influente político que moldou toda a percepção de seu Estado. Quem chega em terras maranhenses é obrigado a fazer o sinal da cruz e alisar o bigode, diante de sua imagem. Mas, bizarramente, ele é senador pelo longínquo Amapá.

Amapá (de novo): Estado pelo qual José Sarney se elege senador.

Paraíba: Como diria Edmundo: “a gente vem na Paraíba, jogar contra um time Paraíba e colocam um Paraíba pra apitar!”. Isso, quando um juiz cearense apitou um jogo de um time potiguar no Rio Grande do Norte.

Paraná: O Paraná é uma espécie de Europa brasileira, de um povo extremamente culto, educado, enfim, europeu. Terra de Freud, Nietzsche, Paulo Francis, e tantos outros grandes nomes da história. A culpa deve ser da água.

Piauí: Um estado associado a Fome, Miséria, Desgraça. Praticamente um quadro de Portinari.

Rio de Janeiro: Uma terra de taxistas safados – que irão te levar de Copacabana a Ipanema pela Barra da Tijuca. Assaltantes a cada esquina, a cada semáforo. Policiais corruptos que podem te espancar e pedir suborno por qualquer motivo. O risco real de ser baleado por um tiroteio, durante alguma ocupação da Rocinha. Personagens caricatos que falam em um linguajar caricato. Enfim, o Rio de Janeiro é uma terra sem lei.

Rio Grande do Norte: Voltando ao Edmundo: uma terra de paraíbas.

Rondônia: Estado que normalmente é confundido com Roraima.


Roraima: Estado que geralmente é confundido com Rondônia.

(Conclusão: os dois se confundem num loop eterno)

O surfista do Saibro (te cuida Bial)
Santa Catarina: Por mais que 80% do território de Santa Catarina seja ocupado por criadores de porcos, o estereótipo catarinense é o do manézinho da Ilha. Uma população composta por covers do Gustavo Kuerten.

São Paulo: A cidade que nunca para. O seja, paulistas são insones. Vivem naquele caos da Marginal Tietê, com um congestionamento que aumento a cada dia. Terra onde todas as construções são gigantes. Aliás, essa história do estado ter o mesmo nome da capital, acaba por eclipsar todo o interior.

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