Como você passou o carnaval deste ano?


O Carnaval. Uma data que não pode passar em branco, sob o risco de punição prevista na constituição. O CH3 foi às ruas para escutar o que o povo brasileiro andou fazendo, como ele caiu na folia.
Adriana Bombom caiu na folia
Carla Fonseca, benfeitora de Belo Horizonte: Eu e meu marido fomos para a Sapucaí, no camarote de uma multinacional do ramo alcóolico. O espetáculo é realmente lindo. Pena que eu via tantas pessoas sentadas na arquibancada, expostas ao vento, a chuva. Sonho com o dia em que todos os meninos de rua poderão assistir a este espetáculo em um camarote com champanhe.

André Roberto, paulistano de São Paulo: Eu estava preso no congestionamento da Serra do Mar. Fui para Santos no Réveillon e voltei de lá no dia 2 de janeiro. Na terça a tarde eu consegui chegar na Marginal Tietê. Ano passado eu só cheguei em São Paulo na Páscoa. Infelizmente, presenciei um tumulto na Marginal, com alta concentração de corintianos. Pensei que havíamos sido eliminados da Libertadores. Possuído por um sentimento de justiça, incendiei um carro alegórico.

Ítalo Camargo, comerciante de Salvador: Assisti a quarenta e oito shows da Ivete Sangalo e outros vinte e sete da Cláudia Leitte, peguei dois do Chiclete com Banana e metade de um do Asa de Águia. Passei pelo Barra/Ondina, Campo Grande e todos esses circuitos que ninguém entende. Eu vendo amendoim e sempre consigo um grande lucro nessa época do ano. Infelizmente, devido à falta de segurança, fui assaltado e levaram todo meu dinheiro embora. Antes eu fosse surdo.

Roberto Andrade, gari do Rio de Janeiro: Desfilei pela Sapucaí 13 vezes, limpando os papéis picados, garrafas de água e toda sorte de dejetos que os foliões despejam pelas avenidas. Contagiei o público com meu samba no pé e fui destaque em 18 matérias de televisão, cinco apenas no Jornal Hoje.

Bóris Casoy, jornalista de São Paulo: Com certeza meu carnaval foi melhor do que o dos garis. Esta sub-raça que ocupa a mais baixa função que um ser humano pode exercer.

Rafael Maia, jornalista de Recife: Peguei o plantão em todos os dias do carnaval. Fui cobrir o desfile de rua em vários pontos. Tentei várias vezes utilizar aquele truque da repórter de João Pessoa, pra ver se eu conseguia pegar alguém. Mas, não consegui. Jornalista só se fode mesmo.

Mulher Pêssego, mulher fruta do Rio de Janeiro: Fui madrinha de bateria de oito escolas de samba no Rio de Janeiro e de outras nove em São Paulo. Participei de vinte e nove blocos de rua pelo Brasil e ainda marquei presença em dezesseis camarotes. Para aguentar essa rotina, eu precisei seguir à risca a rotina estabelecida pelo meu personal.

Rafinha Bastos, comediante de São Paulo: Vocês viram a mangueira entrando no carnaval? Não viram? Estavam de costas?

Cão Leproso, cachorro sem braços de Cuiabá: Neste carnaval, eu me dediquei a presenciar o espetáculo proporcionado pelo carnaval do interior. Participei dos blocos de nomes duvidosos em Santo Antônio do Leverger. Presenciei a pegação desenfreada do carnaval de Livramento – infelizmente eu não peguei ninguém, porque não tenho braços. Desci a ladeira em Guiratinga, e todos elogiaram minha fantasia. Mal sabiam que eu estava nu. Também desfilei no Bode da Chapada e comi cachorro quente na Praça da Mandioca. Mas, nada, jamais será tão emocionante como o carnaval de Paranatinga. Um espetáculo único que ficará impresso em minha retina eternamente.

E, o carnaval de vocês, como foi?

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