Cuiabá pra Baixo

O cancelamento do Réveillon Oficial em Cuiabá e a subseqüente falta de fogos de artifício para explodir em nosso estrelado céu, acabaram por simbolizar o momento vivido pelos homens cuiabanos. O que mais vemos em nossa agradável capital são homens de cabeça baixa, que não a conseguem erguer por nada desse mundo.

No dia 27 de dezembro, veio a tona uma pesquisa da sociedade brasileira de Urologia que constatou: 44% dos brasileiros sofrem de disfunção erétil. Em Cuiabá o problema é maior, chega a 48% - recorde nacional. Sim amigos, Cuiabá é a cidade do Brasil com mais pessoas que precisam fazer uso de Viagra e seus similares. O lugar com mais impotentes sexuais. A capital nacional dos Brochas. A capital nacional da piadinha “isso é porque não me entrevistaram, heheh”.

A masculinidade deste povo já estava abalada desde a pesquisa do Globo Repórter na qual Cuiabá aparecia como a cidade na qual os homens davam menos importância para o sexo. Na época, a melhor saída era dizer “somos evoluídos. Não nos preocupamos com isso”. Agora, as coisas parecem se ligar.

Saímos às ruas para entender este fenômeno de baixa grandeza que atinge o homem cuiabano. Levantamos hipóteses. Chamamos Caco Barcelos e montamos uma equipe de jovens repórteres que deveriam sair à rua, encontrar homens comprando Viagra na farmácia e perguntar “você tá comprando Viagra? Você tem disfunção erétil?”. E quando o cidadão saísse correndo humilhado o repórter deveria ir atrás “você é brocha? Responde! Porque você tá comprando Viagra!?”.

A primeira hipótese levantada foi o calor. Será que este calor desgraçado, marca insuportável desta terra seria responsável por desanimar o povo? Difícil saber. Existem outros lugares quentes e o continente mais quente do mundo, a África, tem a maior taxa de natalidade.

Seria a nossa dieta? O pequi é ainda mais tradicional em Goiás. Peixes são consumidos no Brasil inteiro. Seria a farofa de banana? A água do Rio Cuiabá? A soja plantada em nossas redondezas? O que faz afinal, com que esse povo broche miseravelmente?

Não conseguimos resultados. As pessoas que encontrávamos na rua fugiam de nós. Outros tentavam partir para a agressão física. E logo descobrimos que brochas são fruto da imaginação. São iguais as pessoas que roncam. Lendas. Ligamos para o pedreiro Marcão e ele ameaçou quebrar sua casa quando a palavra brocha foi pronunciada. Pai Jorginho de Ogum disse que ele queria nos matar.

Mas, deixamos um aviso. Brochas de Cuiabá: deixem de se esconder. Seu problema tem solução. Procurem o famoso auxílio médico e voltem a andar de cabeça erguida.

Comentários

Gressana disse…
Hahehaehaheahehaehahehaaeha!!!
Nem dá pra colocar a desculpa no frio que encolhe o p@u.