Injustiçados

O juiz Luiz Carlos Costa da Vara de Sucessão e Famílias de Cuiabá se transformou em uma personalidade mundial por conta de suas sentenças, em que ele utiliza gírias e até mesmo letras de música. No caso mais famoso, ele fez a seguinte citação “A Carta Magna cantarola: Isso é pra você aprender a nunca mais me esnobar” (KEY, Kelly in Baba Baby).

O caso suscitou dezenas de polêmicas e é debatido em várias faculdades de direito da capital e também do resto do mundo. Até o Polvo¹ está sendo consultado para dizer se isto é certo ou errado. Há quem ache fantástico que o magistrado resolva se aproximar da linguagem popular e há quem ache uma palhaçada. Juízes deveriam continuar a se comunicar em uma linguagem que poucas pessoas conseguem entender.

Longe de nós querer discutir o linguajar da justiça. O blog ainda não é adepto de temas tão densos assim. Assim sendo, depois dessa longa introdução o tema desse nosso post só poderia ser a Kelly Key. Ou melhor, a música da Kelly Key.

A primeira vez que eu ouvi falar sobre essa cidadã foi no programa vídeo-show. Ela era um jovem desconhecida que devia estar mantendo relações sexuais com algum executivo da Globo, e por isso ganhou destaque na programação. Logo ela estaria com um sucesso nas rádios brasileiras, a música Baba Baby.

Ela fazia uma abordagem densa sobre a sua enigmática letra. Ela seria uma resposta provocativa a um professor de Educação Física que ministrou aulas para Kelly, quando ela tinha 14/15 anos. Ela era apaixonada por esse professor e o professor não deu bola para ela. Ela cresceu e resolveu se vingar do fora que levou. Sendo que pouco depois, quando tinha 16 anos, ela engravidou do Latino. O que nos leva a crer na hipótese de que era o Latino que mantinha relações sexuais com algum executivo da Globo.

Entramos então no personagem da nossa postagem. O professor de Kelly Key. Com o sucesso da música, ele foi tema de várias reportagens, apareceu em programas de TV. Era ridicularizado. Mané, Tremendo Vacilão. Teve a menina na mão e a perdeu. Os programas praticamente o forçavam a se lamentar por não ter comido a cantora.

Dois fatos precisam ser abordados. Primeiro, é que Kelly Key não era nenhuma musa, deusa da sedução, antes da fama. Foi a base de cirurgias plásticas que ela conseguiu sair na Playboy e outras revistas do gênero.

E, segundo, mas ainda mais importante: ela era menor de idade! O professor, pobre coitado, teve uma atitude honesta, ética. Falou pra menina de 14 anos “olha, você é muita nova pra mim”, provavelmente de uma maneira educada. E o que este exemplo de cidadão ganha em troca? Uma música que o ridiculariza e o escárnio nacional. Era preferível que ele tivesse agido como tantos professores por aí, que saem com alunas em troca de nota. Era preferível ter sido um pedófilo.

O CH3 deixa aqui as suas palmas para o professor de Educação Física. Nobre cidadão e injustiçado.

¹ Nota, o CH3 é favorável a idéia de que Polvo, com P maiúsculo seja usado apenas em referência a Paul.

Comentários

Anônimo disse…
Se comemos uma underage, vamos em cana. Se não comemos, ganhamos fama de maricas. comofas/
Adérito Schneider disse…
Hahahaha! A nota sobre Paul é o melhor.

Obs: Luiz Carlos Costa da Vara de Sucessão e Famílias de Cuiabá é um nome grande e diferente.