Profissões desgraçantes: mascotes fantasiados

A cena já é clássica aqui no CH3. Vinícius Gressana vestido com uma ridícula roupa de celular faz uma dança bizarra frente a uma câmera amadora. Trata-se do homem celular. Apesar do vídeo ter virado uma brincadeira e motivo de inglória para o protagonista, há um outro lado nessa história que é muito mais triste.

Sim, Vinícius usou a roupa ridícula e foi filmado nessa situação. Mas, acreditem, quem fez essa roupa não a fez apenas para sacanear o estagiário. Ok, o objetivo do vídeo era esse, mas não a da roupa.

A roupa foi confeccionada para que outra pessoa a utilizasse em um evento conhecido com “A Chegada do Papai Noel”. Ou seja, uma pessoa recebe dinheiro para ficar vestida com uma roupa ridícula. Uma verdadeira profissão desgraçante.


Estas fantasias podem ser divididas basicamente basicamente em duas categorias. Aquelas em que o rosto da pessoa aparece e aquelas em que o rosto não aparece. No caso do homem celular, seu rosto não apareceria. O que torna o caso muito melhor.

Não deixa é claro de ser humilhante você ficar vestido com uma fantasia fazendo micagens. Sim, você não pode ser apenas um celular. Celulares normalmente ficam parados. Mas não, você tem que ficar dançando, rebolando e tudo mais.

É o caso das mascotes dos jogos de futebol. Chega a ser um momento de constrangimento público quando um cara fantasiado de raposa entre em campo junto com o time do Cruzeiro, por exemplo.

Só que pior do que isso é quando o rosto da pessoa aparece pela fantasia. E então, trago o meu depoimento do que eu vi na última quinta-feira no shopping Pantanal.

Vi um cara, também de uma empresa de celular (note, as empresas de celular são as que mais gostam dessa tática de intimidação) vestido de caixa de presente. E sua cabeça aparecia por cima da caixa, ficando logo abaixo do laço do presente.

Não, não venha argumentar que essa profissão não é desgraçante. Não basta o trabalho sacal (ficar andando o shopping todo), em uma roupa ridícula (uma caixa de presentes? Francamente), você ainda pode ser reconhecido.

Imagine a cena:
- Carlos! Hahaha, olha só, você vestido de caixa de presente, hahaaha.
- é, tem que ganhar a vida né.

Depois o amigo conversa com um outro:
- hahahaha, sabe quem eu vi no shopping hoje?
- Quem?
- O Carlos.
- Pô, tempão que eu não vejo ele, como que ele tá?
- Hahaha, sei lá se ele tá bem. Mas ele tava andando vestido com uma fantasia de caixa de presentes, esse é o emprego dele, hahaha.
- Hahahahaha, que merda.

Depois esses amigos ainda avisarão todos os outros no Orkut, no MSN. E o Carlos será eternamente conhecido como o cara que andava pelo shopping vestido de Caixa de Presentes. E, imagino, ele não deve ganhar bem por isso.

Atenção. Todos os nomes e diálogos transcritos nesse post são meramente imaginativos. Qualquer semelhança com a vida real é uma mera coincidência. O fato de que “Carlos” é também sobrenome do Vinícius, não significa nada. Ele não estava vestido de caixa de presente no Shopping Pantanal. Aliás. Os lugares descritos no post também são meramente figurativos. O CH3 desconhece a existência desses lugares, e se eles realmente existirem, foi apenas uma coincidência fantástica. Inclusive os objetos que foram citados no texto são meramente ilustrativos. Desconhecemos se eles realmente existem ou não. A palavra “celular” foi usada tal qual poderíamos ter usado “brócolis”. Se realmente existem celulares, a culpa não é nossa. Inclusive todas as palavras citadas até o presente momento foram usadas sem nenhuma pretensão econômica. Os detentores dos direitos de uso delas podem amigavelmente solicitar a sua retirada, que o CH3 o fará sem nenhuma resistência. O vídeo usado, também não pode ser comprovado como verídico. As pessoas que ali aparecem não existem. Se elas se parecem com você, é apenas mais uma coincidência.

Comentários

Mariana disse…
HAHAHA, genial!

Eu sempre dou apoio moral as pessoas que se vestem ridiculamente em público. Sempre dou tchauzinho e, caso seja a roupa de uma pesonagem famosa, infantil, até tiro fotos, embora faça um tempão que não faço isso.

Sobre os mascotes dos clubes, tenho um carinho especial por eles.
Claro que, sendo um blog masculino, vocês vão dizer que preferem as cheerlearders, mas eu sustento que elas não são nada perto daqueles mascotes fofinhos.

O que é aquele baleião do santos senão a coisa mais fofa dos gramados brasileiros?