A pedagogia moderna e o menino Fabinho.

Semana passada foi o aniversário de 9 anos do menino Fabinho. Você conhece o Fabinho, aqui do blog. O pobre garoto... Sempre humilhado em casa e na escola. Ele teve a audácia de pedir aos pais uma festa de aniversário:

-Pai, pai! Posso ter uma festa no meu aniversário desse ano?
-O quê? Uma festa, Fabinho?
-É, pai, nunca tive uma festa de aniversário...
-Fabinho... Ficou louco? Você acha que nós desperdiçaríamos nosso dinheiro tão suado, só pra dar uma festa? E pra você, ainda por cima? Claro que não.
-Mas... Só dessa vez...
-Não.
-Uhhh...
-Sem chorar, Fabinho. Isso é coisa de maricas. Só por isso, vou te trancar na despensa de novo.

Crueldade, com certeza. Coisa que a pedagogia moderna não tolera. Vários livros e vários profissionais ensinam-nos como devemos cuidar dos nossos filhos nos dias de hoje.
E é incrível como eles parecem fazer o possível pra transformar nossos moleques em delinqüentes. Pense como as coisas eram na sua época. Você não podia falar palavrão em casa, tinha horário pra estudar, não podia sair de casa tarde da noite e tinha limite pra jogar videogame. E se você fizesse merda, apanhava.
Hoje em dia, a criançada pode fazer tudo isso, pois os pedagogos dizem que "as crianças precisam aprender sozinhas". Claro... Daí você tem um filho que vai mal na escola, espanca seus coleguinhas, come merda, tortura animais e não te respeita. Mas não, eles podem. A única coisa que eles não podem é ter alguém interferindo na "criatividade" deles. Ou seja, você.

Mas como todos sabem, crianças têm um potencial imenso pra maldade. Sem falar nas crianças birrentas, que deitam no chão, esperneiam, gritam até a rua inteira ouvir, e xingam os pais dos palavrões mais sujos possíveis. Até os pedagogos entendem que devem ser punidas caso passem dos limites. Mas o que é punição pra eles? Colocar a criança por cinco minutos num canto e dizer que aquilo é o "cantinho do castigo". Sinceramente, isso é uma das coisas mais ridículas que existem. Primeiro: o que prende a criança ali? Ela pode simplesmente sair do lugar. Segundo: que espécie de punição é essa? Não dói e não se aprende lição alguma! Vale fazer qualquer coisa se o preço for só ficar 5 minutos num canto.

-Fabinho, o que você você está fazendo??
-Nada, mãe!
-Como nada?? Você rabiscou a parede!!
-Ah... é que a tia hoje na escola falou pra gente desenhar e...
-E você desenha na parede? Ah, Fabinho, você vai ver...
-Não mãe! O taco de baseball não, mãe! O taco de baseball não!
-O taco de baseball SIM!
-Buááááááá!!!

Claro que não precisa chegar ao caso do pobre Fabinho. Mas se você não quiser uma criança que abuse da sua permissividade, pode fazer bom uso de suas havaianas.
Entenda que nada disso é maldade. Você deve ter apanhado quando era criança. Eu apanhava, quando merecia. Mas hoje em dia o que acontece é a "síndrome de bunda-mole" entre os adultos. "Não gente, bater nos filhos é errado!" Repito: não é. Você pode bater quando ele merecer e ser um pai legal mesmo assim. Dê presentes em datas comemorativas, organize festas, surpreenda o pirralho às vezes e brinque com ele. É simples.

Na escola:
-Fabinho, o que você ganhou de dia das crianças?
-Nada...
-Nada? Por que?
-Meus pais nunca me deram um presente... Acho que nunca vão dar.
-Também, né, Fabinho, você não vale nada.

Enfim... O único conselho é: não aja como os pais do menino Fabinho. E lembre-se, as crianças imitam os pais, então não ser um babaca já é um bom passo na educação de seus moleques.
Lembrei agora de um episódio antigo do Pica-Pau, que tinha um menino riquinho e mimado chamado Reginaldo que era um terror pra mãe. O Pica-Pau fala "tome, senhora, use um pouco de psicologia" e entrega um livro de psicologia infantil pra mãe. Ela abre o livro e tem uma escova dentro, então ela começa a surrar o moleque com a escova. Genial!

Comentários

Guilherme disse…
Seu fascista.

Pois é, o menino Fabinho é fodido demais.

Mas mesmo assim, essa pedagogia moderna está criando pequenos monstros. As crianças não tem mais solução.
Thiago Borges disse…
Sou adepto da psicologia da coça.
Não tem que dar trela pra criança mesmo, no meu tempo só aquela estalada do cinto já fazia todo mundo se comportar.