O Brasil nas Olimpíadas

Um ano antes das Olimpíadas os atletas brasileiros disputam os jogos pan-americanos. Contra atletas de Trinidad & Tobago, República Dominicana e os universitários dos Estados Unidos, o Brasil dá espetáculo e consegui bater por pouco os juniores do Canadá. Com isso, cria-se uma expectativa de que o Brasil irá arrebentar nas Olimpíadas do ano seguinte.

Esquecem-se então que nas Olimpíadas os atletas brasileiros terão a concorrência dos atletas russos, chineses, australianos, alemães, além da elite americana. Então o Brasil ganha lá umas 11 medalhas no total. Claro, não dá para criticar muito os nossos atletas. O pessoal do atletismo treina em pistas com buracos, os remadores treinam em córregos de esgoto.

Profissionalismo mesmo só no futebol e no vôlei. Mas nessa continuação da série CH3 Olímpico, iremos falar da história do Brasil nessa grande competição.

Como já foi dito no primeiro texto, as primeiras medalhas do Brasil vieram no Tiro. Não, não, não teve nenhum Coronel que ameaçou abater a tiros os juízes da competição. Foi o Guilherme Paraense na cidade belga da Antuérpia em 1920. Mas enfim, as medalhas do Tiro foram um fato isolado na história.

Apenas após a segunda guerra mundial o Brasil voltou a ganhar uma medalha, em 1948 em Londres. Bronze no Basquete. Ouro mesmo só em 1952 com Adhemar Ferreira da Silva, no salto triplo. Foi o começo de uma grande série de brasileiros nessa modalidade. Adhemar ganhou mais um ouro, Nelson Prudêncio e João do Pulo também ganharam duas medalhas em Olimpíadas posteriores. O resultado foi fruto do grande trabalho feito nas categorias de base, visto que o Salto Triplo é o esporte nacional. Qualquer estrangeiro que vier ao Brasil poderá ver as nossas crianças dando três pulos nas ruas, calçadas e praias de nosso país.

Foi a partir das Olimpíadas da Cidade do México em 1968 que o outro grande esporte de nossa nação começou a ganhar medalhas. Falo da Vela. Atletas com sobrenomes tipicamente brasileiros como Conrad, Scheidt, Grael, Ficker, Sigurd Bjorkstrom orgulham nossos torcedores que lotam as competições de iatismo na Baia de Guanabara. Nossos torcedores têm posters dos grandes velejadores brasileiros em suas paredes.

No começo dos anos 80 a União Soviética e os Estados Unidos brigaram. Os americanos e outros capitalistas boicotaram as Olimpíadas moscovitas em 1980 e como retaliação, o bloco comunista não foi até Los Angeles em 1984.O Brasil se aproveitou e passou de uma média de nenhuma medalha de ouro pra cerca de duas. Sempre no Judô, vôlei, iatismo. Exceção foi em Sidnei em 2000 quando uma crise abateu nossos atletas. O time de futebol perdeu pra nove jogadores, o cavalo refugou, o time de vôlei perdeu jogos ganhos e foram várias medalhas de prata e de bronze.

Aliás, os atletas brasileiros são sempre cagados. Quando o cara precisa de mais uma regata pra ganhar, essa regata é cancelada por falta de vento. Quando o nadador vem bem, surge um bielo-russo de 16 anos que ninguém nunca ouviu falar e resolve aparecer logo ali. E até quando o seu maratonista está ganhando com folga, aparece um padre Irlandês maluco que o segura. Em Olimpíadas até o gandula aparece pra defender pênalti contra o Brasil.

E enfim, a nossa série continua qualquer dia, falando sobre os principais esportes olímpicos.

Comentários

Gressana disse…
Por isso que Olimpíadas não são tão cultuadas que nem a Copa do Mundo.
Imaginei que as modalidades que o Flamengo já foi medalhista iriam entrar também.
Anônimo disse…
Por isso que o Brasil naum cresce muito na área de esportes, os nossos politicos não investem nessa muito na parte de educação e de esporte.