Ao longo da história, dezenas de pessoas já foram vítimas de tomates arremessados por populares em fúria. Se alguém está se apresentando em um palco, já está correndo o risco de ser atingido por um tomate disparado por alguém descontente com essa situação. Outra boa alternativa é arremessar ovos, principalmente se eles estiverem podres, mas o tomate adiciona um charme patético a cena.
No entanto, a vida dos populares descontentes se complicou no último ano. Todos nós sabemos que o tomate foi uma das principais vítimas da inflação – alguns dizem que a inflação é que foi vítima do tomate, num processo que professores de economia poderiam explicar. A fruta virou a piada popular da internet durante um mês, mas o seu preço jamais voltou aos patamares de outrem.
Assim sendo, com o seu intuito apocalíptico de ajudar toda e qualquer exaltação popular, o CH3 realizou uma pesquisa na tentativa de encontrar alternativas para o tomate. Fomos até uma feira popular ao lado do pesquisador colombiano e restaurador de geladeiras, Alfredo Humoyhuessos. O objetivo era testar outros vegetais que poderiam ser arremessados contra pessoas.
Começamos com o bom e velho tomate, para entender a magia que esse momento proporciona. Com um sinal, Alfredo ordenou que seu ajudante arremessasse um tomate contra uma cobaia. Redonda, a fruta é de fácil manuseio e mantém uma trajetória constante até atingir o alvo, com boa velocidade. O tomate se amassa todo, deixando manchado o peito do cidadão atingido.
Na sequência, o teste foi realizado com um ovo, que se espatifou no nariz da cobaia. Alfredo notou que, com sua forma oval, o ovo descreve uma trajetória inconstante, trazendo menos precisão para o ato. É preciso utilizar mais força no arremesso e o ovo se parte ao atingir o alvo. Essa é uma certeza que acompanha a ovada, enquanto que a tomatada deixa dúvidas e a graça da vida está justamente nas dúvidas.
O formato redondo é fundamental para que um vegetal obtenha sucesso no seu objetivo de atingir uma pessoa. Isso ficou provado quando uma banana foi arremessada contra a cobaia. A banana não chegou a se partir, mas percorreu uma trajetória giratória que pode fazer com que o arremesso saia completamente de controle. Além do mais, atirar uma banana em alguém pode configurar ato de injuria racial, com pena prevista de até três anos de prisão.
O tamanho também é importante. Alfredo demonstrou isso arremessando uma uva contra a cobaia. Como o atingido não era o José Serra, a uva não chegou sequer a arranhar a vítima. Arremessar um cacho de uvas não se mostrou mais efetivo, além de ter feito uma sujeira danada. O máximo que poderia ter acontecido é que um dos galhos do cacho acabasse por cegar o indivíduo alvo do arremesso.
Por outro lado, frutas maiores também não são boas. Fizemos um exemplo com uma melancia. Extremamente pesada, a fruta já é difícil de ser escondida, é bem difícil entrar com uma melancia dentro de um teatro, por exemplo. Também não é fácil levantar a fruta e arremessá-la. Nosso ajudante sofreu bastante. Além disso, o peso da fruta acabou matando a nossa cobaia, configurando um homicídio doloso – quando há intenção de matar, que pode acarretar em uma pena bem grande que pode ser pesquisada no Google.
Enquanto aguardávamos a chegada da perícia e da polícia, realizamos um teste com um coco, que acabou matando uma segunda cobaia, complicando bastante a situação do nosso ajudante. Enfim, a ciência muitas vezes deixa vítimas pelo caminho. É um preço a se pagar.
Acabamos por descartar realizar um teste com um melão e definimos que o tomate tem um tamanho ideal. Passamos a testar outras frutas. Laranjas e limões são duros demais e o limão ainda pode manchar a pele. Maçã também é dura, cebola é dura e tem um cheiro forte, o maracujá quase chegou lá, mas aquela história de ele parecer meio oco dá uma sensação ruim na hora do arremesso. Assim como o pelo do Kiwi.
Parecia que nada iria igualar o tomate, mas logo chegamos a alguns resultados. A ameixa tem um bom tamanho, um peso razoável boa consistência e ocupa uma faixa de preço bem próxima ao tomate, dependendo da sua localidade. A goiaba também é uma boa alternativa, diria que ótima. Só que ela está um pouco cara, então, só opte pelas goiabas caso você tenha acesso a um pé da fruta.
Também há a hipótese do caqui, que é praticamente um tomate que deu errado, frutas irmãs que foram separados em algum momento pela evolução darwiniana. No entanto, ele também passou por uma safra ruim elevando o seu preço.
Assim sendo, o tomate continua sendo a fruta ideal para arremessar em pessoas que mereçam ser atingidas por alguma coisa. Compare sempre com o preço do caqui e tenha goiabas e ameixas como alternativas. Evite morangos, batatas e – acima de tudo – evite as jacas. Além de pesadas, difíceis de manusear e certeza de morte instantânea, as jacas podem se partir e uma jaca partida adquire um visual extremamente nojento, fazendo que o homicídio se torne culposo e triplamente qualificado, por motivo torpe e de maneira nojenta. A pena para isso é bem severa.
No entanto, a vida dos populares descontentes se complicou no último ano. Todos nós sabemos que o tomate foi uma das principais vítimas da inflação – alguns dizem que a inflação é que foi vítima do tomate, num processo que professores de economia poderiam explicar. A fruta virou a piada popular da internet durante um mês, mas o seu preço jamais voltou aos patamares de outrem.
Assim sendo, com o seu intuito apocalíptico de ajudar toda e qualquer exaltação popular, o CH3 realizou uma pesquisa na tentativa de encontrar alternativas para o tomate. Fomos até uma feira popular ao lado do pesquisador colombiano e restaurador de geladeiras, Alfredo Humoyhuessos. O objetivo era testar outros vegetais que poderiam ser arremessados contra pessoas.
Começamos com o bom e velho tomate, para entender a magia que esse momento proporciona. Com um sinal, Alfredo ordenou que seu ajudante arremessasse um tomate contra uma cobaia. Redonda, a fruta é de fácil manuseio e mantém uma trajetória constante até atingir o alvo, com boa velocidade. O tomate se amassa todo, deixando manchado o peito do cidadão atingido.
Na sequência, o teste foi realizado com um ovo, que se espatifou no nariz da cobaia. Alfredo notou que, com sua forma oval, o ovo descreve uma trajetória inconstante, trazendo menos precisão para o ato. É preciso utilizar mais força no arremesso e o ovo se parte ao atingir o alvo. Essa é uma certeza que acompanha a ovada, enquanto que a tomatada deixa dúvidas e a graça da vida está justamente nas dúvidas.
O formato redondo é fundamental para que um vegetal obtenha sucesso no seu objetivo de atingir uma pessoa. Isso ficou provado quando uma banana foi arremessada contra a cobaia. A banana não chegou a se partir, mas percorreu uma trajetória giratória que pode fazer com que o arremesso saia completamente de controle. Além do mais, atirar uma banana em alguém pode configurar ato de injuria racial, com pena prevista de até três anos de prisão.
O tamanho também é importante. Alfredo demonstrou isso arremessando uma uva contra a cobaia. Como o atingido não era o José Serra, a uva não chegou sequer a arranhar a vítima. Arremessar um cacho de uvas não se mostrou mais efetivo, além de ter feito uma sujeira danada. O máximo que poderia ter acontecido é que um dos galhos do cacho acabasse por cegar o indivíduo alvo do arremesso.
Por outro lado, frutas maiores também não são boas. Fizemos um exemplo com uma melancia. Extremamente pesada, a fruta já é difícil de ser escondida, é bem difícil entrar com uma melancia dentro de um teatro, por exemplo. Também não é fácil levantar a fruta e arremessá-la. Nosso ajudante sofreu bastante. Além disso, o peso da fruta acabou matando a nossa cobaia, configurando um homicídio doloso – quando há intenção de matar, que pode acarretar em uma pena bem grande que pode ser pesquisada no Google.
Enquanto aguardávamos a chegada da perícia e da polícia, realizamos um teste com um coco, que acabou matando uma segunda cobaia, complicando bastante a situação do nosso ajudante. Enfim, a ciência muitas vezes deixa vítimas pelo caminho. É um preço a se pagar.
Acabamos por descartar realizar um teste com um melão e definimos que o tomate tem um tamanho ideal. Passamos a testar outras frutas. Laranjas e limões são duros demais e o limão ainda pode manchar a pele. Maçã também é dura, cebola é dura e tem um cheiro forte, o maracujá quase chegou lá, mas aquela história de ele parecer meio oco dá uma sensação ruim na hora do arremesso. Assim como o pelo do Kiwi.
Parecia que nada iria igualar o tomate, mas logo chegamos a alguns resultados. A ameixa tem um bom tamanho, um peso razoável boa consistência e ocupa uma faixa de preço bem próxima ao tomate, dependendo da sua localidade. A goiaba também é uma boa alternativa, diria que ótima. Só que ela está um pouco cara, então, só opte pelas goiabas caso você tenha acesso a um pé da fruta.
Também há a hipótese do caqui, que é praticamente um tomate que deu errado, frutas irmãs que foram separados em algum momento pela evolução darwiniana. No entanto, ele também passou por uma safra ruim elevando o seu preço.
Assim sendo, o tomate continua sendo a fruta ideal para arremessar em pessoas que mereçam ser atingidas por alguma coisa. Compare sempre com o preço do caqui e tenha goiabas e ameixas como alternativas. Evite morangos, batatas e – acima de tudo – evite as jacas. Além de pesadas, difíceis de manusear e certeza de morte instantânea, as jacas podem se partir e uma jaca partida adquire um visual extremamente nojento, fazendo que o homicídio se torne culposo e triplamente qualificado, por motivo torpe e de maneira nojenta. A pena para isso é bem severa.
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