A importância dos feriados

Todos sabem que os feriados são essenciais para a existência da humanidade. O que seria de todos nós, se não fossem essa benditas datas, principalmente quando elas caem em terças ou quintas e podem ser sagradamente emendadas com o final de semana? Em algumas raras oportunidades as folgas podem chegar a até seis dias consecutivos, o que só pode ser encarado como uma benção divina.

Feliz Páscoa? Só se for para você.
Eu estou de plantão.
É claro que existem os chatos de plantão, que diante de um feriado prolongado, ao invés de se ajoelhar, esquecer o passado de militância agnóstica e dar graças aos céus, eles preferem questionar a existências desses dias. Levantam questionamentos sobre o impacto que um feriado prolongado pode provocar na economia, na educação, no preço do pequi.

Claro, que esses questionamentos são feitos por jornalistas. Cidadãos amaldiçoados que miseravelmente desconhecem a existência de feriados, quanto mais os feriados prolongados. Eles, que mal conhecem finais de semana livres, e até mesmo o horário de almoço, querem descontar sua raiva no restante da população. Imagine se motoristas de ônibus, caixas de supermercado ou enfermeiras resolvessem fazer o mesmo? Quantas mortes não seriam proporcionadas? Quantas tragédias!

Enfim, os feriados são essenciais para a condição humana pelo prazer inigualável que eles oferecem. Mas, eles podem exercer outras funções para a sociedade, partindo de uma visão funcionalista. Isso não significa que nós somos comunistas que acreditam que você é manipulado o tempo todo pelas grandes corporações midiáticas. Aliás, você até pode ser, eu não.

Brasil sem carnaval.
Carnaval: Data conhecida pela promiscuidade desenfreada, o carnaval exerce enorme importância na perpetuação da raça humana. Um levantamento feito junto aos cartórios do Brasil, mostra que 1/5 da população brasileira nasceu no mês de novembro, exatos nove meses após a festa pagã. Sem o carnaval, é provável que o Brasil sofresse hoje com a falta de mão de obra oriunda do déficit populacional. A indústria de produtos para recém-nascidos também sofreria um impacto danado, provocando demissões e recessão na economia. A abolição do carnaval foi uma das primeiras medidas que os chineses tomaram para se prevenir a explosão populacional.

Páscoa: Claro que a Páscoa é um sinônimo de chocolate e não queiram convencer ninguém que vocês se lembram do sofrimento de Cristo na cruz quando abrem aquele Sonho de Valsa tamanho 24. Sem a Páscoa, a indústria do chocolate teria que investir maciçamente em publicidade, para tentar recuperar os ganhos dessa época ao longo do ano, o que poderia levar a um consumo desenfreado da iguaria. Por um lado, isso poderia ser bom para os médicos cardiologistas, a indústria farmacêutica e a indústria de papel higiênico. Mas seria péssimo para a indústria responsável por montar aqueles arcos nos quais os ovos são pendurados. Do que viveriam os montadores desses arcos sem a Páscoa?

Independência: A independência tem o papel fundamental de lembrar ao povo brasileiro de que nós temos um Exército e que eles sabem desfilar. Os vendedores de bandeira do Brasil podem vender seus estoques de bandeiras empoeiradas desde a última Copa do Mundo. Para o próprio Exército.

Dia da Mulher: Não é um feriado, mas até que poderia ser. Neste dia, todos nós fingimos que nos importamos com as mulheres e com suas causas, presenteando-as com rosas vermelhas, devidamente embaladas em filmes plásticos. A data proporciona um aquecimento no mercado da floricultura e gera dezenas de empregos no campo. O Dia dos Namorados também faz isso.

Réveillon: Convenhamos que ninguém utiliza roupas brancas no dia-a-dia, exceção feita a médicos, babalorixás e jogadores do Santos. Exceção feita também a uma massa composta de atores globais, famosos em geral e até mesmo cidadãos comuns, durante a festa do ano novo. Muito melhores que as roupas coloridas, que utilizam grandes quantidades de corantes industrializados, nocivos a natureza. O Réveillon aumenta a produção de roupas brancas – em detrimento as roupas coloridas. Sem dúvida, isso ajuda a preservar o meio ambiente e a humanidade. Ok, o feriado mesmo é no dia 1º de janeiro. Mas este é apenas o Dia Mundial da Ressaca.

Podemos concluir que, sem feriados, todos nós viveríamos em um planeta pré-apocalíptico. Não pelos danos a natureza ou a recessão econômica provocada pela sua escassez. Mas sim, pelo caos que o excesso de trabalho provocaria à saúde das pessoas. Todos viveriam amargurados, igual os jornalistas.

Este blog aliás, faz um último questionamento. Podemos perceber que o mês de Abril, tal qual o mês de novembro possuí uma grande quantidade de feriados. No entanto, Julho e Agosto se mostram completamente desabastecidos destas datas. É mais do que necessários que datas sejam criadas, para que uma melhor proporcionalidade seja garantida a população.

Comentários

Anônimo disse…
Mas julho já é conhecido por férias, ficaria ruim para quem ainda estuda :(