A Indústria dos Realities Shows é show. Digo, é sensacional. Tão sensacional quanto chamar qualquer coisa de indústria. Enfim, eles sempre têm uma incrível habilidade para criar novos temas para seus programas. A moda pode ser confinar pessoas numa casa, numa ilha. Acompanhar a rotina de um estúdio de tatuagens. Escolher alguém para algum cargo. Reformar carros, reformar casas, caras de pessoas.
Pois agora há este novo reality show. “Os Caçadores de Relíquias”. Trata-se da rotina de um casal gay americano, que viaja o país inteiro em uma van, procurando antiguidades. Não que eles colecionem essas coisas, eles apenas as revendem. Compram as velharias para lucrar. Sabe aquele seu tio que tem um quarto empoeirado cheio de coisas velhas? Então, é isso que eles procuram.
Tudo bem, é um trabalho como outro qualquer e pode ser um resgate da história. Mas não é isso que me chama a atenção. O que me chama a atenção é o valor dos produtos.
Tudo no mundo é muito caro. Coisas que estão sob a tag de “antiguidade”, “raridade”, “old school”, “retrô” são mais caras ainda. Logo você imagina que eles gastam uma fortuna naquilo, não? Mas não gastam.
Chegam a uma garagem e encontram uma moto utilizada na Segunda Guerra Mundial. Está meio enferrujada, sem dois parafusos. Deve custar uns 10 mil dólares, penso eu. Pois eles oferecem 200 dólares para o dono da moto, que aceita. Sim, isso mesmo.
E vão se enfileirando. Mil dólares num carro. Setenta dólares numa bicicleta de 1805, dez dólares num quadro de Elvis Presley, outros 20 em um conjunto de latas, trinta dólares numa bomba de gasolina velha. Você já está pensando em ir para os Estados Unidos quando quiser decorar sua casa. Mas ainda vem o pior.
Os produtos são avaliados, sobre qual seria o seu real preço. Então você vê que a moto de 200 dólares será vendida por 5 mil. A bicicleta de 70 saíra por 500. A bomba de gasolina, que custou 30 dólares poderá custar até 600. Até a foto de Elvis Presley custará 50.
Logo você chega a conclusão de que o casal, Mike Wolfe e Frank Fritz, são uns aproveitadores. Viajam os Estados Unidos inteiros aplicando golpes diversos em velhinhos iludidos, uns coitados inocentes que acham que estão fazendo um grande negócio ao vender aquela velharia, mas mal sabem que poderiam lucrar 10 vezes mais.
No entanto, ainda há algo que faz com que Mike e Frank sejam pessoas ainda piores. Por vezes eles perguntam para o dono da antiguidade:
- Quanto você quer nessa espada?
- 150 dólares.
- Ofereço 80.
O cara recusa, então o caçador explica que ele tem que lucrar, para que o negócio faça sentido. Chegam a um acordo e a espada é comprada por 100 dólares.
Depois, aparece a avaliação. A espada será vendida por 300 dólares. Entendem? Não bastou para o cafajeste ter um lucro de 100%, dobrar o valor investido. Ele quis triplicar! E mais, quis quase quadriplicar! No meu mundo, Mike e Frank deveriam ser presos. Por ganharem a vida fazendo um programa de televisão que mostra como sacanear idosos puros e leigos.
Ou então, eu devia ir logo pros Estados Unidos.
Pois agora há este novo reality show. “Os Caçadores de Relíquias”. Trata-se da rotina de um casal gay americano, que viaja o país inteiro em uma van, procurando antiguidades. Não que eles colecionem essas coisas, eles apenas as revendem. Compram as velharias para lucrar. Sabe aquele seu tio que tem um quarto empoeirado cheio de coisas velhas? Então, é isso que eles procuram.
Tudo bem, é um trabalho como outro qualquer e pode ser um resgate da história. Mas não é isso que me chama a atenção. O que me chama a atenção é o valor dos produtos.
Tudo no mundo é muito caro. Coisas que estão sob a tag de “antiguidade”, “raridade”, “old school”, “retrô” são mais caras ainda. Logo você imagina que eles gastam uma fortuna naquilo, não? Mas não gastam.
Chegam a uma garagem e encontram uma moto utilizada na Segunda Guerra Mundial. Está meio enferrujada, sem dois parafusos. Deve custar uns 10 mil dólares, penso eu. Pois eles oferecem 200 dólares para o dono da moto, que aceita. Sim, isso mesmo.
E vão se enfileirando. Mil dólares num carro. Setenta dólares numa bicicleta de 1805, dez dólares num quadro de Elvis Presley, outros 20 em um conjunto de latas, trinta dólares numa bomba de gasolina velha. Você já está pensando em ir para os Estados Unidos quando quiser decorar sua casa. Mas ainda vem o pior.
Os produtos são avaliados, sobre qual seria o seu real preço. Então você vê que a moto de 200 dólares será vendida por 5 mil. A bicicleta de 70 saíra por 500. A bomba de gasolina, que custou 30 dólares poderá custar até 600. Até a foto de Elvis Presley custará 50.
Logo você chega a conclusão de que o casal, Mike Wolfe e Frank Fritz, são uns aproveitadores. Viajam os Estados Unidos inteiros aplicando golpes diversos em velhinhos iludidos, uns coitados inocentes que acham que estão fazendo um grande negócio ao vender aquela velharia, mas mal sabem que poderiam lucrar 10 vezes mais.
No entanto, ainda há algo que faz com que Mike e Frank sejam pessoas ainda piores. Por vezes eles perguntam para o dono da antiguidade:
- Quanto você quer nessa espada?
- 150 dólares.
- Ofereço 80.
O cara recusa, então o caçador explica que ele tem que lucrar, para que o negócio faça sentido. Chegam a um acordo e a espada é comprada por 100 dólares.
Depois, aparece a avaliação. A espada será vendida por 300 dólares. Entendem? Não bastou para o cafajeste ter um lucro de 100%, dobrar o valor investido. Ele quis triplicar! E mais, quis quase quadriplicar! No meu mundo, Mike e Frank deveriam ser presos. Por ganharem a vida fazendo um programa de televisão que mostra como sacanear idosos puros e leigos.
Ou então, eu devia ir logo pros Estados Unidos.
Comentários
Que put* falta de sacanagem
Eu também assistindo esse programa no History,pensei a mesma coisa. Caramba,vou lá pro USA.
O casal gay ainda fica bajulando o pessoal da terceira idade. O veinho guardava as antiguidades no sótão ao fundo do porão semicarcomido e nem dava bola, mas também não passava por sua cabeça vender.
Então ele fica quase sem opção diante de tanta pressão, pensando no dinheirinho do bingo quando ele for viajar pra cidade.
O pior é que os dois preferem sair juntos e deixar a mulher lá gostosa, tendo o 'trabalho árduo' de pesquisar regiões com o maior índice de aposentados.
Outro no mesmo estilo é uns gordinhos dá loja de penhor.
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Tem um tempo que assinei o RSS do seu blog e sempre admirei o jeito que você escreve e passa as idéias, mas nunca tinha comentado.
Procuro até me espelhar, tenho muito que aprender(apesar de você escrever que o blog não serve pra nada, kk ). E parabéns.
Vocês é que devem estar muito complexados com o assunto.
Assisto todosos programas e o que sempre vejo (ao contrário do pessoal do Trato Feito) é um pequeno ganho.
Compram por 70, vendem por 100, luvram 30. Nunca vi ganhos duplicados e muito menos triplicados em nenhum episódio.
Inclusive eu e minha esposa já vimos episódios onde o vendedor pede, por exemplo, 150 dólares numa peça e o Mike avisa que ela vale muito mais e oferece 350 dólares. Várias vezes isso aconteceu. Se você disser que no Trato Feito, o Rick e seu filho exploram, concordo com você. Mas nos Caçadores de Relíquias nunva vi isso acontecer. Seja justo.
Um abraço!
Desculpe mas os ganhos nunca ultrapassam 100 por cento. Acho que você não assiste o programa certo. Nunca vi o Mike explorar ninguém. Muito pelo contrário. Muitas vezes o vendedor pede um preço muito abaixo e o Mike informa que o item vale muito mais. E paga.
Agora no Trato Feito sim. O Rick e seu filho exploram as criaturas, sempre colocando um defeito naquilo que estão vendendo.
Quanto ao fato de serem gays, isso não me compete. Cada um faz a sua escolha. Isso é o que nos torna indivíduos e civilizados.
Um abraço.
Tenho que dizer que concordo em termos com as críticas. Quando eu escrevi este post em 2011, eu achava que eles exploravam velhinhos oferecendo misérias por raridades. Acho até que teve uma mudança no perfil do programa e eles estão mais, digamos, "justos" nas suas compras.
Mas, o Trato Feito é sacanagem mesmo, os caras oferecendo 10 dólares no original da bíblia porque ele está empoeirado.
Baitolas caçadoras de lixo kkkkkkkkk
Felizmente ao final dos comentários, você reconhece que não é bem assim, ou seja, eles não são exploradores e sim comerciantes, isso pressupõem "lucros". Poderíamos chamar de exploradores inescrupulosos alguém que necessite de dinheiro, coloca algo a venda e daí aparece alguém vendo sua situação e joga sujo com você, te oferecendo muito aquém do valor do objeto. O que jamais vi nos programas deles, bem pelo contrario, eles de todas as formas tentam ser o mais justo possível. Me parece que no EUA elas tem uma historiá bem mais antiga que a nossa, e são bem mais patriotas, pois aqui no Brasil pouco se dá valor a essas "velharias", mas acho que isso vai mudar com o tempo.
Para finalizar, temos que ter cuidado ao criticar, se você não é u expert no assunto é melhor pesquisar melhor antes das postagens. Manter um negócio como estes requer muito investimento e risco no retorno, pois não é tão matemático como se pensa, os custos são altíssimos.
Abraço a todos, Giovani Oliveira