Cartilha do Big Brother

O Deputado Federal, professor e ex-BBB, Jean Willys apresentou ontem no Congresso Nacional, um projeto que visa regulamentar o posto de “ex-participante do Big Brother Brasil” como uma das profissões reconhecidas pelo Ministério do Trabalho.

Jean Willys fez um discurso inflamado. Ele argumenta que os ex-participantes do Reality Show são uma das classes que mais sofrem preconceito no país. “Olhem na internet. Existem dezenas de sites especializados em ridicularizar a nossa categoria! Porque não ridicularizam os outros. Apenas nós? Ai é mais fácil”. Como prova de quão desgraçante é a profissão de ex-BBB, Willys apresentou uma cópia de um texto do blog CH3.

O projeto incluí aposentadoria após seis meses de atividade e a distribuição de cartilhas nos colégios públicos. Essas cartilhas ensinariam os professores a lidar com os filhos de ex-Big Brothers e teria vídeos ensinando as crianças a conviver com estes seres. O material mais polêmico contém os vídeos-teste dos participantes do programa. Há ainda uma edição de 15 segundos mostrando os melhores momentos do programa. De todos os 10. Ou seriam 11?

A proposta de Willys gerou polêmica no Congresso Nacional. Nem tanto pela aposentadoria precoce, já que todos os deputados concordaram que este é um direito justo. Mas sim, pela cartilha escolar. Um enorme embate foi travado pela ala conservadora e a ala das baianas.

O deputado Jair Bolsonaro afirmou que a proposta é um absurdo. “Onde já se viu? Querem ensinar nossos filhos a se transformarem em participantes do Big Brother! Já quiseram que eles fossem homossexuais e canhotos. E agora?”. Ainda prosseguiu afirmando que nenhum pai gostaria de ter um filho nessa condição. Já a ala das baianas rodopiou.

No mesmo momento, o CQC Danilo Gentili fez uma piada sobre o assunto no Twitter. A piada foi muito engraçada e retuítada por 89 mil pessoas.

Se o projeto for aprovado na Câmara, ele irá para o Senado. O Senado pode promover alterações para aprovar a lei. O que pode causar um mau relacionamento com a casa vizinha. Caberá então a presidenta Dilma Rousseff sancionar a lei. Caso ela resolva vetar o projeto, o Congresso pode derrubar o veto. O que faz com que a aprovação da presidenta seja algo meio idiota, não?

Os Ex-BBBs planejam realizar uma marcha no planalto central. Eles conversam com diretores locais, para tentar alugar uma avenida. Há a possibilidade de que eles consigam 40 minutos entre a Marcha da Lambada e a Marcha do Uísque, desde que os organizadores da Marcha do Silêncio, Marcha do Bode e Marcha do Descendente Uzbeque cancelem seus protestos.

Comentários

Thiago disse…
Tomara que essa lei soh permita que gostosas que tenham nascido mulheres participem do BBB
Gabriel Camargo disse…
Haha, excelente texto, descreve várias... digamos, contradições que estão acontecendo no Brasil...