Sorte e Azar

“Não acredito em sorte. Cientificamente, o que chamamos de sorte é só um conjunto de felizes coincidências. Mas em azar eu acredito.” Gressana, Vinícius.

Essa frase foi dita pelo nosso companheiro Vinícius no Twitter. Como não encontrei nenhuma outra referência a ela no Google, credito-a ao nosso Poeta e agora genial Frasista. And so, for Vinícius Gressana from Cuiabá, Opportunity Knocks.

Eu não sei se a sorte existe, mas o azar realmente deve existir. Existem pessoas que indiscutivelmente sofrem mais do que pessoas que tem as mesmas oportunidades. E não foi uma questão de despreparo, estupidez. Foi simplesmente azar mesmo.

Vejo esse vídeo. Essas pessoas estão em uma livraria e cartas são sorteadas. Aquele que retirar a carta com uma caveira paga uma prenda (bons tempos das gincanas infantis).



Observe que um dos indivíduos tem, claramente, muito mais azar do que os outros. São apenas cartas, todas iguais. Cada indivíduo tem 16,66% de chances de pegar a carta marcada. Mas ele a pega em três oportunidades, aumentando suas chances para 50%, com terríveis conseqüências.

Vinícius, lá do começo do post, tem motivos para acreditar que o azar existe. Certa vez, na faculdade, eu, Vinícius e mais uma amiga nossa – que não sei se quer ter seu nome revelado, fizemos uma versão desse jogo. Em aproximadamente 10 rodadas, Vinícius pegou a carta marcada em 8 oportunidades. Sim, em 80% das vezes. Para sua sorte, não havia rolos de wasabi, ou velhinhos de dentadura no local.



A partir disso, você pode argumentar que “viu, ele teve sorte porque o jogo não era para valer”. Mas, não há dúvidas de que ele sofreria novamente se fosse para valer. Circulam por aí, lendas de que ele já deu descarga no próprio relógio e que já foi atingido pelas fezes de dois pombos simultaneamente. Fora o fato de ele ter o recorde mundial de pneus de ônibus furados diante da sua presença. Ele próprio poderia contar o que é verdade e o que é mentira.

E o que dizer sobre a pessoa que é atingida por uma bala perdida. Não é azar? Você pode dizer que o problema é o lugar onde a pessoa mora. Mas e o cara que morre ao ser atingido por uma suicida que havia se jogado do 12º andar? O cara estava caminhando em um lugar qualquer, quando uma mulher caiu sobre ele. É ou não é azar demais?

Certa vez em um jogo no Congo (Mazembe-be-be) um raio caiu no gramado e matou 11 jogadores. Os 11 jogadores de um time. O outro time permaneceu em pé. O time que morreu era miseravelmente azarado. Qual era a chance de isso acontecer? Pessoas argumentam que o time que morreu usava chuteiras com travas de alumínio, enquanto o time que sobreviveu usava travas de borracha. E daí? Foi muito azar o time inteiro estar com travas de alumínio no dia.

Sim, o azar existe.

Comentários

Gressana disse…
Hahehaehaheahehaehaheaheh!!!
Eu nunca duvidei!
E quanto às histórias, são verídicas. Infelizmente. =(
(PS: Foi um prazer rever silent library, só não seria um prazer pra mim jogar.)
Parabéns pelo post.
lego disse…
coitado do vini