Sacrifício Humano

Os, Incas, os Maias e os Astecas. Os três povos pré-colombianos mais famosos, sempre citados nessa ordem. Com seus templos gigantes, suas profecias, sua mitologia e sua cultura sempre admirada. Seres superiores, uma cultura moderna. Poderíamos viver como eles!

Sabe-se lá porque, culturas antigas sempre ganham um ar de humanitárias, justas. Não era bem assim. Na verdade, eles eram pródigos na ciência. Fala-se que os Astecas jogavam futebol na sua época. Ao final da partida, o time vencedor era sacrificado, para agradar os deuses. Quando um novo rei ascendia ao trono, uma criança era sacrificada. Seu coração era retirado do peito, com a criança viva.

Pois é. Incas e Astecas tinham uma obsessão por sacrifício humano. Imagino que eles tivessem um calendário com os sacrifícios previstos. Se eles (Os Maias não. Eles morreram bem antes) fossem imunes a varíola e tivessem vencido a guerra contra os espanhóis, nossa sociedade atual poderia ser diferente.

O Brasil ganha a Copa do Mundo de 2014. Neymar marca os dois gols da vitória contra o Uruguai, vingando 1950. Comemoração nas arquibancadas. Jogadores vibram. Os jogadores sobem ao palco para receberem as medalhas, levantarem a taça e serem degolados. A torcida vibra com o sangue escorrendo no gramado. Os torneios da categoria de base seriam disputados de forma displicente, preservando os bons jogadores para futuras conquistas. A Bolívia seria a maior campeã sub-20 com 15 títulos e 300 cabeças cortadas.

Sebastian Vettel ganha uma corrida e é degolado. Fernando Alonso ganha a seguinte e, degolado. Mark Webber, idem. No final do ano Rubinho é campeão mundial, por ter somado mais pontos sem jamais vencer. Ao invés de um loser, Rubinho seria um símbolo da estratégia consciente.

O U2 faz show num Morumbi lotado. A platéia canta os hits melosos do grupo irlandês. Na música Miss Sarajevo, uma criança é chamada ao palco. Para cantar? Engana-se. Seu coração será arrancado por Bono Vox, que beberá o sangue pulsante do recém falecido, sob os gritos extasiantes da platéia. Nesse mundo, Alice Cooper, Ozzy Osbourne e Kiss seriam bandas fracassadas.

Não existiriam concursos públicos. Pois, sempre que alguém passasse em algum, seria decapitado. Aliás, os empregos seriam familiares. Pois você seria esquartejado quando conseguisse uma promoção, tornando os serviços bem ineficientes.

Nos colégios, os professores observariam desde cedo os melhores alunos. Dez numa prova, coração arrancado. O melhor aluno do ano degolado. Cursinhos pré-vestibulares sofreriam com a situação, já que os melhores alunos chegariam mortos. E os que passam no vestibular também morrem. Pensando bem, faculdades não existiriam. Nem os colégios, porque cedo ou tarde, todos morreriam e as turmas de terceiro ano seriam esvaziadas.

Um avião chega ao seu destino em paz – um coração extirpado. Nos mesmos do CH3, mataríamos uma criança a cada post. Hoje em dia, o máximo que acontece, é Jorginho de Ogum matar uma galinha preta quando conseguimos 10 comentários. Algo que não acontece faz tempo (Aconteceu apenas 6 vezes e a última foi em 13 de novembro de 2008).

Mas, não teríamos tanto tempo pra fazer isso. Afinal, o mundo iria acabar ano que vem, mesmo.

Comentários

Thiago disse…
o mundo não vai mais acabar em 2012?