Formigas Atômicas

Dia desses, eu estava fazendo um sanduíche em uma sanduicheira. Meu único objetivo era matar a minha fome. Sim, eu não pretendia comandar uma nova ordem mundial com o meu ato. Pois, ainda bem que eu queria matar minha fome. Porque, se quisesse matar uma formiga em uma sanduicheira, eu falharia miseravelmente. Digo, um minuto depois de ligar a máquina, uma formiga saiu de dentro dela. Sim, ela caminhou sobre a chapa quente. Era impossível colocar a mão próxima da chapa e a formiga andou por sobre ela.

Esmaguei a formiga com o meu dedo e fiquei com isso na cabeça. Será que seriam as formigas, e não as baratas, aquelas que conseguiriam sobreviver a um acidente nuclear? As que dominariam o mundo após o dia do juízo final? Aquelas que permaneceriam de pé depois que 2012 passar?

Dirigi-me então até a casa/laboratório de pesquisas de Alfredo Humoyhuessos, pesquisador e cartomante colombiano. Encontrei o revisando o seu número “matemática para bebês”, que influenciou Einstein a propor a teoria da relatividade. Expus o motivo da minha visita e ele me levou para uma das alas de seu laboratório.

Lá, pegou algumas formigas que ele criava em cativeiro e começou os seus experimentos. Pediu que César Cielo desse um tempo nos treinamentos de uma nova técnica proposta por Humoyhuessos, e jogou aproximadamente 100 formigas na piscina. Ele as manteve presas por uma rede no fundo da piscina. Pouco a pouco elas começaram a se soltar da rede e nadaram até a superfície. Algumas formigas ficaram mais de 10 minutos lá embaixo, mas conseguiram subir.

Isso já era impressionante. As formigas ficaram mais de 10 minutos embaixo d’água e conseguiram sobreviver. Mas então, ocorreu algo ainda mais surpreendente. Já na superfície, elas começaram a se agrupar e montar uma sobre as outras, de forma que uma conseguia boiar sobre a outra e a outra sobre a uma. Logo estavam as 100 juntas, formando uma bola de formigas que conseguiu sair da piscina.

Eu já estava suficientemente embasbacado. Já estava pronto para escrever uma teoria sobre a supremacia ariana das formigas. Mas Alfredo me disse que ainda havia mais o que mostrar.

Ao som de Fire de Jimi Hendrix, ele pegou um maçarico e tostou as formigas. Pois, mesmo carbonizadas, as formigas continuavam a se locomover. Desmembrou as formigas e cada parte desmembrada se mexia independentemente. O inseticida as paralisou, mas elas voltaram ao normal depois de alguns minutos. Simulou uma explosão nuclear no formigueiro e elas não só sobreviveram, como cresceram e passaram a cantar músicas do Restart. No final, Alfredo colocou as formigas em seu nefasto microondas e... elas viraram pipoca.

Sai convencido de que as formigas ainda vão nos dominar um dia. Mas Alfredo, enquanto salgava as formigas, digo, as pipocas, me disse “Espere. Venga aka otro dia, que yo te muestro o que consigo hazer com las baratas”. Não quero nem imaginar.

Comentários

Ninãs disse…
Muito bom... Li para algumas pessoas e elas não souberam dizer o que é verdade e o que é ficção neste texto!
rsrsrsrsr.....