Grandes nomes da história (9)

Rubens Barrichello

Rubens Gonçalves Barrichello, mais conhecido como Rubinho Barrichello, nasceu no dia 23 de maio de 1972, filho do seu Rubens Barrichello, mais conhecido como Rubão. Seu avô também se chama Rubens Barrichello, mostrando que a família não era muito criativa para nomear seus filhos. Já a mãe de Rubinho, esposa do seu Rubão, nora do Rubens avô não tem seu nome divulgado com freqüência. Ao contrário do que diz a lenda, Rubinho não é o segundo filho do casal. E não, sua família não inspirou Gabriel García Márquez.

Rubinho construiu uma trajetória singular para a sua carreira. Foi campeão brasileiro de Formula Opel, campeão da Fórmula 3 britânica. Foi apontado como uma possível multi-campeão brasileiro na Fórmula 1. Mas não foi. Logo o mundo conheceu a sua característica mais marcante: o azar.

Logo na sua primeira corrida na principal categoria do automobilismo mundial, Rubens abandonou por problema na embreagem. Na segunda corrida problema na embreagem de novo. Na terceira corrida, uma atuação fantástica que o levaria ao pódio! Mas há duas voltas do final o sistema de injeção de combustível quebrou. Na temporada de 1997, Rubinho teve a façanha de ver seu carro quebrar em 14 das 17 corridas do ano. Motor estourado, suspensão quebrada, problema hidráulico, na caixa de câmbio, na direção... tudo podia fazer o carro do brasileiro quebrar.

Em 1994, o Brasil viu a morte do seu principal ídolo, Ayrton Senna, e toda a responsabilidade de ter resultados caiu sobre os ombros de Rubens. Qualquer ser humano racional evitaria comparações para tentar manter a tranqüilidade. Rubinho não. Ele quis as comparações, a pressão. Outra característica marcante sua: a falta de noção.

Barrichello sempre fez anúncios, promessas para a sua primeira vitória que demorou 122 corridas (o que foi então, um recorde de demora para ganhar uma corrida). Sem seu amigo e ídolo Senna, Galvão Bueno começou a criar uma expectativa enorme sobre Rubinho. A sua associação com a imagem de Galvão e as constantes frustrações transformam-no no personagem mais humilhado da história do Brasil.

Não há programa humorístico, revista de piada, site de comédia que não tenha feito alguma piada com Rubinho. Se já não bastassem as quebras, o piloto jamais admitia seus erros. Perdeu a corrida porque a equipe o prejudicou. Um outro piloto o atrapalhou. Esse ano, ele chegou ao cúmulo de culpar o mau-funcionamento do rádio do seu carro por um desempenho pífio em um treino classificatório.

Rubens seguiu sem desistir, como bom brasileiro. E perdendo. Primeiro era porque o Schumacher era muito bom e a equipe trabalhava para o Schumacher. Depois, ele perdeu para Jenson Button porque... não, não havia porquês que não fossem o fato do adversário ser melhor. Mas não para Rubinho, que se sentia prejudicado, não para Galvão Bueno que não sabia dizer o motivo para a derrota do seu protegido.

Os Grandes Prêmios do Brasil merecem destaque. Rubens já largou na frente e atrás. Com carros bons e ruins. Com pista seca ou pista molhada. Em corridas valendo título, ou em corridas que não valiam nada. Com a equipe trabalhando para ele. Fez a pole position algumas vezes, mas nunca conseguiu nada além de um terceiro lugar. Fazendo com que o seu capacete especial, o macacão colorido, a bandeira do Brasil, a pintura no carro, que não servicem para nada.

Rubens Barrichello é um dos grandes nomes da história. Um exemplo vivo de que o azar, a falta de auto-crítica e a insistência nos erros, multiplicados pela exposição midiática, podem te transformar em uma piada nacional.

Comentários

Jonas disse…
Primeiro!
Rubinho disse…
Primeiro!
AHAHAHA Geniais, os comentários.