Um post aleatório

Matar uma barata é uma atividade um tanto quanto perigosa. O habitat natural delas é o banheiro, de onde elas saem correndo para espalhar o terror. Você a encontra e ela se coloca em um lugar difícil, onde atingi-las com um chinelo se torna impossível. Talvez você pudesse deixar a barata ali, onde nenhum dos dois entraria em conflito, mas não, seu desejo é ver a barata esmagada e você será capaz de qualquer coisa para satisfazer seu desejo animalesco. Então você pega o inseticida. E começa a jogar na barata, que foge, sobe a parede, desce a parede, vai pra trás do vaso sanitário, volta, passa entre suas pernas. E você continua soltando o veneno e a barata fugindo. Até a hora em que você começa a ficar tonto pelo uso do veneno e a barata continua viva. No final você vai matar a barata, nem que seja a tiro, a facadas, com uma moto serra.

Era comum nas salas de aula o coro de “bicha, bicha, bicha...” quando algum aluno tinha uma atitude, digamos... suspeita. De bicha. Em alguns casos, no entanto, tudo saia do controle. O coro começava a ser entoado para mulheres, para qualquer pessoa que fizesse barulho, para os professores, para o diretor, para os pais. Às vezes em uma sala de aula, algumas situações de possessão não conseguem ser explicadas.

O cidadão estava navegando no seu velho navegador de internet sem bloqueador de pop-ups. Então, um pop-up abriu. Ele fechou. E mais cinco pop-ups abriram. E pra cada pop-up que ele fechava, mais cinco iam abrindo. Assim os cinco viraram 25, que viraram 125 depois 725 e depois... não houve depois. O computador travou é claro. Não existia ctrl-alt-del capaz de solucionar o problema. Travado. E o trabalho não salvo? O download incompleto. Tudo perdido. Um pop-up pode acabar com sua vida.

Não sei se foi um filósofo, um psicólogo, um político ou um taxista que um dia disse “todos nascem iguais. A criação é que faz cada cidadão, se ele é violento foi a criação dele”. É mentira. Todos nascem iguais. Igualmente perversos e maldosos. Crianças são todas malvadas, sem noção. Com o tempo algumas melhoram, outras não. Eu tenho medo de crianças. Se estiver andando na rua e observar um grupo vindo em minha direção, eu mudo de calçada. No ônibus, a expectativa é sempre de que as crianças vão te provocar. Um dia eu estava no ônibus quando várias crianças entraram. No meio delas havia uma tal de Bia, e ela já havia reprovado na segunda série. Foi chamada de burra durante boa parte do trajeto. Ao que ela respondeu olhando para uma menina “melhor ser burra do que gorda e vesga. Você come salsicha que cai no chão!”. A gorda da salsicha disse “mas além de burra você não tem pai!”. Traumático. Sei de crianças que se recusaram a sentar do lado de um manetas “mãe ele não tem uma mão!” ou que apontam para anões na rua. Cuidado.

Gimenez era um filho de uruguaio nascido no Brasil. E era malvado, muito malvado. Matava pássaros com a própria mão na infância. Cresceu e virou zagueiro de futebol. Um zagueiro cruel, tão violento que era expulso até em amistoso beneficente. Jogou em todos os times possíveis do Rio Grande do Sul. Foi expulso 48 vezes, quebrou 12 pernas de adversários, além de 3 braços e 6 costelas. Certo dia fez uma falta tão violenta, que rompeu o baço do adversário. Hoje ele é comentarista num programa esportivo do interior do Paraná. Ninguém sabe sua função, dizem que ele é o comentarista que usa bigode. Falam que o programa é uma merda, mas mesmo assim é melhor que o do Milton Neves.

Comentários

Gressana disse…
Pode ser um post aleatório, mas contém assuntos essenciais para todos os seres vivos e alguns não vivos. Não digo os mortos, mas os objetos inanimados.