O que eu vou levar da faculdade, Volume 2

Skiny: O Skiny remete a mais tenra infância. Passei mais de 10 anos afastado dessa iguaria do mundo moderno. Até me reencontrar com ela na cantina da faculdade. Além de tudo era mais seguro, porque às vezes a carne do salgado vinha verde, ou junto com uma minhoca. E pra mim qualquer salgadinho é Skiny, assim como todo Bombril é esponja de aço!

Coquinha: Claro. O momento em que acabou a ditadura das latinhas e das garrafas grandes que nem sempre você consegue tomar. Cinqüenta centavos e duzentos mililitros.

Provas (ou a falta delas): Você sempre escutava falar de quem já estava na faculdade das provas terríveis. Pois bem, ao longo da faculdade eu fiz umas 10 provas. Sendo que a maioria era com consulta, ou então você podia levar para casa. Certa vez a Andreza fez todas as provas de Psicologia. E quando o professor não queria que a prova fosse com consulta, era motivo para uma rebelião.

Aula de fotografia: Quinta-feira era o dia do terror. Na sexta era o dia de relaxar. Ficar tirando um monte de fotos pela universidade, e depois ficar revelando. Até o dia em que os produtos acabaram.

R.U.: O Vinícius lembra com lágrimas nos olhos suas várias idas ao restaurante universitário. As filas, a emoção de se encontrar uma azeitona no arroz, do nada, e a felicidade inigualável que era ir saber que tinha lasanha. E a dor terrível que era a lasanha acabar na sua vez.

Rupia!: Mais uma vez o Zequias. No primeiro semestre o professor Elton passou um texto sobre o mito da caverna de Platão. Convidado a falar sobre o tema, Zequias disse “nessa parte do escuro eu até rupiei!”. Mito.

Trabalhos de design: No primeiro semestre as quartas-feiras eram dias de se ficar fazendo trabalhos. E no dia seguinte era impressionante, todos tinham feito o mesmo trabalho de maneira completamente diferente “Mas é lógico que tinha que pintar” – “mas tinha que pintar da mesma cor”.

Intervalos: Os primeiros intervalos para um calouro são terríveis. O medo de que a qualquer momento podem jogar farinha na sua cabeça, o convívio com várias pessoas estranhas e tudo mais. Além de algum veterano chato poder vir querer te ensinar sobre a vida. A estratégia então é o convívio em rebanhos. Todos vão juntos a cantina. Todos sentam no mesmo banco e vão embora à mesma hora.

Sala 51: A vida nos três primeiros semestres é tranqüila. Você tem uma sala fixa e no máximo uma vez por semana tem que ir a outra. É sempre na sala 2, 7 ou 9. No quarto semestre as coisas não são mais assim. As turmas se dividem e a aula passa a ser cada dia em uma sala diferente. Na sua planilha vem escrito que as aulas serão na Sala 51, Auditório B e outros. A questão é que essas salas não existem.

Xerox: Se um estudante universitário resolver tirar todas as fotocópias pedidas pelos seus professores, ao final do curso ele terá um Maracanã de árvores desmatadas em seu armário. Lembro me da primeira Xerox que eu tirei “A Rebelião das massas”. Li até a página três e dormi. E logo percebi que eu não precisa tirar todas as Xerox. Acredito que tirei 25% do total.

Comentários

Anônimo disse…
"Além de algum veterano chato poder vir querer te ensinar sobre a vida."

Já até sei quem é esse ai...
Gressana disse…
A Coquinha foi uma invenção divina.
Eu acrescentaria a essa lista o Pingado, que foi marcante para mim.

Mas o que é mais difícil de levar da faculdade é o diploma, é uma enrolação do caramba.
Anônimo disse…
Nunca mais posso falar pingado e não pensar em certas coisas. E isso é tudo culpa do Vinicius.

Eu adorava tirar xerox. Vai ser minha herança. E eu tenho uma observação a fazer (conclamando reforços de toda a parte do glogo): Hanz nunca foi ao RU.
Gressana disse…
Eu também deveria ter tido aulas na Sala 51. Acho que é tão secreta quanto a Área 51.
Laïse disse…
esses posts estão muito nostálgicos... eu to quase chorando aqui...
Thiago Borges disse…
também fui mto bem sem minhas xerox...apesar te ter a rebelião das massa por aki sem ter lido um parágrafo.

tempo bom q não volta mais, aliás...essa semana encontrei com emerson lá no bloco, ele estava procurando a sala 51