A Liberdade

“Liberdade, liberdade. Abre as asas sobre nós”.

A liberdade é um bairro paulistano, influenciado pela cultura japonesa. Lá, além dos nipônicos, nós encontramos chineses, coreanos e outros povos de olhos puxados. Todos vendem yakisoba e outras comidas esquisitas. As ruas são decoradas por luminárias engraçadas e... opa, não é essa a Liberdade.

Pois bem. Liberdade é o nome dado a estátua presente em Nova York que segura uma tocha na mão e se veste com panos maltrapilhos. Será que para ser livre é preciso queimar as coisas? E... não, também não é essa, a Liberdade.

Liberdade é subjetiva. Os movimentos estudantis sempre batalham pela sua, de expressão. Liberdade pode ser passar a mão na bunda do guarda, o que alertamos, poderá resultar em uma atitude violenta do policial. Os presos quando saem da cadeia celebram a sua Liberdade. O rico chega no seu condomínio vigiado por 20 câmeras, com grades e cercas elétricas, e celebra a liberdade de poder tomar um whisky trancado em casa.

Se você procurar por “liberdade” no Google, encontrará imagens de pombos, pores-do-sol e pessoas com os braços estendidos ao céu, azul, gritando algo, que provavelmente é “uh-hu!”. Teoricamente então, a liberdade é estar sozinho em algum lugar bonito, gritando de braços abertos. É sentir o vento no rosto e o doce sabor do nada.

Mas, enfim. Cada um tem a sua liberdade. E a liberdade para nós do CH3 é entregar a monografia. Mesmo que seja apenas a primeira versão. Salvar o arquivo pela última vez são os braços esticados, a impressão e a encadernação é o vento no rosto, e entregar a monografia é igual a andar de moto escutando Born To Be Wild em uma rodovia americana.

Somos livres. Livres, livres. Alguns dias sem entrar na pasta “monografia” do seu computador. Sem olhar aqueles livros de duros de interpretar. Sem ter que se preocupar com as normas da ABNT. Sem ter que se preocupar em como numerar a partir de determinada página. Desconfio que esse seja o segredo guardado pela maçonaria, descobrir como numerar só a partir da página 9.

Lógico que em breve, os dias de liberdade acabarão, as algemas voltarão. Por qualquer motivo que seja. Mas não importa tanto. A liberdade é uma questão de momento.



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E o CH3 convoca os Chnautas para ajudar os desabrigados de Santa Catarina. Jorginho de Ogum está cobrando um quilo de alimentos não perecíveis de entrada para o carnicentas, e o Cão Leproso promete leiloar uma de suas orelhas.

Comentários

Gressana disse…
Eu estou aproveitando todos meus aspectos da liberdade. Jogando videogame até doer o cérebro.
Ou seja, estou desempragado também. Mas o que importa é ser livre.
Mr. Durden disse…
Rapaz, a Liberdade é ótima... Tem um restaurante artesanal por lá, que toda vez que vou até São Paulo, com certeza tenho que parar lá, a outra liberdade é comestível também, desde que com muito molho agridoce ou azeito balsâmico.
Anônimo disse…
FREEEEDOOMM!!!!!! \o/
Thiago Borges disse…
Liberdade é correr nú pelo campus da UFMT...e também pode se dizer que entregar a monografia é algo parecido.