Esportes Olímpicos disputados na água

O ser humano não vive na água. Não, não vive. Você pode argumentar que existem alguns naturebas que fazem os filhos nascer na água, mas isso não é algo normal. Talvez por isso existam tantos esportes olímpicos que são disputados na água. É sempre um desafio atravessar, rios, mares, lagos e poças da água. E não sei se vocês sabem, a segunda maior causa de mortes acidentais no país, e o afogamento. Isso sem contar os afogamentos no próprio gorfo. Portanto, não é fácil lidar com a água.

Nas Olimpíadas existem dois tipos de esportes disputados na água. Aqueles que têm barcos e aqueles em que o individuo não utiliza acessórios. Ou utiliza assim, mas... bem, você entenderam o que eu quis dizer. É apenas o sujeito com sua roupa. Nos esportes com barcos nos temos a canoagem, o remo e a vela. Nos esportes sem barcos, a natação, o nado sincronizado, o pólo aquático e os saltos ornamentais. Falemos deles.

É difícil (e o difícil, vocês sabem, não é fácil) definir as diferenças entre os esportes com barcos. Bem, para um grande especialista é facílimo, mas, não para nós. Mas vá lá. A canoagem é disputada com canoas ou com caiaques, e o pessoal rema de frente para a linha de chegada. Temos barcos com um, dois, quatro atletas, que podem ir em pé ou sentados, em distâncias de 500 metros, ou 1 km.

O Remo é ainda mais complexo. Os barcos podem ter uma pessoa, duas, quatro, ou oito, e existe a presença ou não de um timoneiro. A função do timoneiro? Ficar mandando os outros remarem. Recentemente o COI proibiu o uso de chicotes, por parte dos timoneiros. E ah sim, no Remo o povo fica de costas para o lugar onde eles estão indo. Aliás, este era o mais tradicional esporte brasileiro. Se fossem realmente adeptos de suas tradições, clubes como o Flamengo e o Vasco deveriam estar remando até hoje, e apenas remando.

Já a vela (ou iatismo) é ainda mais complicada do que o que já era complexo. São barcos cheios de roldanas, mastros. Fabricados de kevlar, titânio e visco elástico. São muitas categorias, com vários tipos de barcos e regras. Só que ao invés de usar a força física, os atletas usam o vento para se locomover. São 11 categorias no total.

Na parte dos esportes disputados sem barcos, temos o pólo aquático. O pólo aquático é uma espécie de handball dentro da piscina. Só que as pessoas ficam se chutando debaixo dá água. É um esporte esquisito.

O Nado sincronizado e os saltos ornamentais são esportes de contorcionismo. Os saltadores se torcem, retorcem, dão cambalhotas, piruetas, e etc. Se você for tentar fazer isso em casa (bem, em casa é difícil, a não ser que alguém tenha uma piscina com plataforma) você vai se travar todo. Já o nado sincronizado é cheio de meninas que colocam prendedores de roupa no nariz e fazem coreografias com os pés para fora da água. É o esporte preferido dos podólatras. São dois esportes subjetivos. Os juízes dão notas para os atletas, e aí sempre escutamos “bem, como as polonesas são tradicionais, elas saem com uma nota maior”.

A natação é o mais simples de se entender. Os caras se jogam na água e aquele que chegar primeiro, ganha. Existem distancias de 50m, 100m, 200m, 400m, 800m e 1500m além dos revezamentos. E as modalidades de crawl, borboleta, costas e peito. Para os jogos desse ano existe a polêmica de uma roupa inventada pelo Speedo, que repele a água. Especialistas do mundo discutem se isso é justo ou não, mas, para nós do CH3 a grande polêmica é a não inclusão da modalidade cachorrinho nas Olimpíadas. Os 100m cachorrinho tinham tudo para ser uma disputa épica. Imaginem superatletas do mundo inteiro nadando cachorrinho numa piscina olímpica.

E bem, pai Jorginho de Ogum, aquele puto, ainda não voltou de sua folga em Paranatinga. Por isso, não temos palpites de medalhas para esses esportes.

Comentários

Gressana disse…
Au adoro assistir nado sincronizado. Tá certo que eu nunca entendo o critério que usam pra avaliar, mas isso não importa.
Thiago Borges disse…
concordo com o vini hein, o nado sincronizado é muito bom mesmo.
J. Tomaz disse…
se tivesse o nado cachorrindo eu poderia me candidatar hein!

aprendi, entre outros, na minha época de cefet.