O Verdadeiro Abadía

No ano passado, em entrevista exclusiva concedida durante uma reunião de amigos, em algum lugar da América do Sul, Marcão, um de nossos mais antigos e fiéis colaboradores revelou-se detentor de uma segunda identidade. Um nome de guerra, que para espanto e pânico de todos presentes naquela sauna de reunião se tratava de Juan Carlos Ramírez Abadía, um dos homens mais procurados do mundo (depois de Bin Laden e Wally). Marcão acabou por se revelar um gênio, uma mente programada para o crime, extremamente inteligente, exatamente por isso foi por um bom tempo o nome forte no PT para ocupar a Presidência da República. Em seguida a curta entrevista feita com Marcão antes da chegada de uma equipe de garotas responsáveis pelo entretenimento na reunião.


Ch3: Juan?

Juan: Juan?

CH3: Marcão?

Juan: Marcão?

CH3: Juan ou Marcão?

Juan/Marcão: Ahhhh, Marcão, pode me chamar de Marcão.

CH3: E Juan é um pseudônimo?

Marcão: Pseudoquê?

CH3: É um nome falso?

Marcão: Não não, é meu nome na Colômbia.

CH3: Então Marcão é um pseudômino?

Marcão: Pseudoquê?

CH3: Marcão é um nome falso?

Marcão: Não não, é meu nome no Brasil.

CH3: Mas qual nome veio primeiro?

Marcão: Veio de onde?

CH3: Qual foi seu primerio nome?

Marcão: Juan, é o mesmo nome do meu pai.

CH3: Seu pai era traficante?

Marcão: Não, era padre.

CH3: Padre? E teve um filho?

Marcão: Nove, tenho oito irmãos, mas só eu sou filho da minha mãe, Madre Paula, os outros têm outras mães.

CH3: Sua mãe é freira? E seu pai padre? Como pode?

Marcão: Pois é, meu pai dizia que minha mãe engravidou de propósito, quis dar golpe da barriga porque sabia que ele ainda ia ser bispo.

CH3: E ele foi bispo?

Marcão: Não, morreu antes.

CH3: Mudando para um assunto mais alegre, como você descobriu a vocação para trabalhar com drogas?

Marcão: Graças à Igreja sabe, quando eu tinha uns 13 anos. Eu achava a óstia sem graça, resolvi cozinhar um estoque do meu pai com uns cogumelos que meu tio usava pra fazer chá, foi um sucesso na paróquia.

CH3: Como assim?

Marcão: Depois da comunhão o povo via Deus, via o céu, via até o inferno, era uma confusão só, mas o povo adorava, vinha gente de outras vilas ver a missa, só que o bispo mandou investigar o que acontecia, madaram padre Quevedo.

CH3: E o que aconteceu?

Marcão: Ele provou uma óstia.

CH3: E então?

Marcão: Todos os dedos das mãos e dos pés deles ficaram duros, como pedra, por dois dias, então ele chorou, chorava compulsivamente.

CH3: Por causa dos dedos?

Marcão: Não.

CH3: Por que então?

Marcão: Por que a óstia não deixou duro o pau dele, a única parte que ele precisava que ficasse dura.

CH3: E como continou sua carreira?

Marcão: Aí eu vim pro Brasil, e me deram um nome novo e idade nova pra jogar no Flamengo.

CH3: E sua carreira como traficante?

Marcão: Traficante? Eu nunca fui traficante.

CH3: Não? Mas você não é Juan Carlos Ramírez Abadía?

Marcão: Sou.

CH3: Traficante?

Marcão: Não, o traficante é meu primo de 6º grau. Ele tem o mesmo nome que eu. Na minha família na Colômbia tem 18 Juan Carlos Ramírez Abadía.

CH3: Então você é primo do traficante Abadía?

Marcão: Sou.

CH3: E você tinha contato com ele?

Marcão: Só quando nós eramos moleques, eu lembro que ele apanhou muito uma vez do pai dele, no dia do próprio aniversário, fio uma surra terrível.

CH3: Porque?

Marcão: Porque ele era fã do Queen, dizia que queria ser Freddie Mercury e apareceu na hora do parabéns de bota e shortinho cor de rosa. Usar shorts cor de rosa com botas são considerados uma grande heresia e desonra na Colômbia.


Assim encerramos nossa entrevista com Juan Carlos Ramírez Abadía, lembrando que não transmitios os erros de pronúncia de Juan, que chamou Queen de Cuín.

Comentários

Guilherme disse…
olha, esse cara nunca me enganou.